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16/05/2005 - 09h54

PF investigará caso de corrupção que envolve servidor dos Correios

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

A Polícia Federal vai investigar as denúncias de corrupção envolvendo funcionários indicados pelo PTB para cargos nos Correios. A abertura de inquérito foi determinada pelo ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça).

A Folha apurou que a abertura de inquérito foi decidida na noite de sábado em conversa telefônica entre o ministro e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os funcionários envolvidos na denúncia já estão afastados.

Reportagem da revista "Veja" desta semana reproduziu uma fita em que o funcionário dos Correios Maurício Marinho recebe R$ 3.000 de empresário interessado em participar de licitação promovida pela estatal.

Na gravação, Marinho disse estar agindo em nome do deputado Roberto Jefferson (RJ), presidente do PTB, e do diretor de Administração dos Correios, Antonio Osório Batista --nomeado para o cargo por indicação de Jefferson.

Aliado de Lula, Jefferson foi da tropa de choque de Fernando Collor de Mello e também fez parte da base de apoio do governo Fernando Henrique Cardoso. Marinho se afastou dos Correios na semana passada, alegando motivos de saúde. No sábado, foi a vez de Osório pedir afastamento. Procurados pela Folha, Osório, Marinho e Jefferson não foram localizados.

Embora a orientação seja de investigar as denúncias, o governo está preocupado com a repercussão que o caso poderá ter no PTB, um dos partidos da base de apoio a Lula. Espera que as denúncias não criem novos "abalos" na base governista.

Em atrito com o governo, que ainda não nomeou indicado para a diretoria da Petrobras, as denúncias envolvendo o PTB poderão ser usadas pelo presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, em críticas ao governo.

A oposição quer que o assunto também seja investigado pelo Conselho de Ética da Câmara. O líder do PSDB, Alberto Goldman, defendeu o envolvimento do Ministério Público. "Só espero que seja uma apuração rápida. Estamos com o caso Waldomiro Diniz correndo há um ano e três meses e, até agora, nada."

José Carlos Aleluia (PFL-BA), divulgou em seu site nota em que diz serem "muito preocupantes" as denúncias. Para ele, o caso atinge não só o governo mas também o Congresso.

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