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17/05/2005
-
09h38
ELVIRA LOBATO
da Folha de S.Paulo, no Rio
O candidato derrotado a vereador do PL, em Campos dos Goytacazes (278 km do Rio), Jocinaldo Elias da Silva, 40, diz ter comprado votos com recursos do PMDB na eleição passada. A acusação põe mais combustível na guerra travada no reduto eleitoral da governadora Rosinha Matheus e de Anthony Garotinho, presidente do PMDB no Estado.
Silva diz ter recibos de pagamentos assinados por eleitores, comprovantes de votação expedidos pelo TRE e cadastros do programa Cheque-Cidadão (do Estado) para documentar a acusação.
O chefe da Polícia Federal no Norte-Fluminense, delegado Carlos Pereira, informou que convocará o ex-candidato e que, se a documentação dele for consistente, pedirá ao Ministério Público a abertura de inquérito policial.
Silva contou que era proprietário de rádio comunitária, em morro dos Cocos (distrito de Campos), e que a atividade o aproximou dos políticos da região. A rádio foi fechada pela Anatel e pela PF por fazer propaganda indevida na campanha.
Disse que recebeu ajuda financeira do PMDB (ao qual o PL esteve coligado) para pagar 100 cabos eleitorais no dia da eleição. Como foi derrotado, passou a trabalhar, no segundo turno, para Geraldo Pudim, candidato de Garotinho.
Em entrevista, por telefone, à Folha, Silva disse que foi um dos coordenadores da campanha em morro dos Cocos. Uma de suas tarefas era cadastrar famílias para receberem cestas básicas de ONG da qual Garotinho foi um dos fundadores. Na semana que antecedeu o segundo turno, disse que havia cadastrado 150 famílias.
Ele sustenta que participou de duas reuniões com Garotinho, em Campos, quando teria sido orientado a comprar votos. Disse que tinha 500 pessoas trabalhando como cabos eleitorais sob seu comando e que o número dobrou no dia da votação. Segundo ele, apenas parte das pessoas recebeu pagamento (disse que havia com ele R$ 38 mil em notas de R$ 50), o que o teria levado a guardar documentos como prova para que pudesse cobrar depois.
O ex-candidato disse que decidiu tornar pública a suposta compra de votos porque Garotinho teria lhe prometido emprego e não cumpriu a promessa. Disse que está doente e sem trabalho e que teme pela segurança da família.
O advogado de Garotinho, Sérgio Mazzillo, disse que não conhece Silva e que refuta as acusações.
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da Folha de S.Paulo, no Rio
O candidato derrotado a vereador do PL, em Campos dos Goytacazes (278 km do Rio), Jocinaldo Elias da Silva, 40, diz ter comprado votos com recursos do PMDB na eleição passada. A acusação põe mais combustível na guerra travada no reduto eleitoral da governadora Rosinha Matheus e de Anthony Garotinho, presidente do PMDB no Estado.
Silva diz ter recibos de pagamentos assinados por eleitores, comprovantes de votação expedidos pelo TRE e cadastros do programa Cheque-Cidadão (do Estado) para documentar a acusação.
O chefe da Polícia Federal no Norte-Fluminense, delegado Carlos Pereira, informou que convocará o ex-candidato e que, se a documentação dele for consistente, pedirá ao Ministério Público a abertura de inquérito policial.
Silva contou que era proprietário de rádio comunitária, em morro dos Cocos (distrito de Campos), e que a atividade o aproximou dos políticos da região. A rádio foi fechada pela Anatel e pela PF por fazer propaganda indevida na campanha.
Disse que recebeu ajuda financeira do PMDB (ao qual o PL esteve coligado) para pagar 100 cabos eleitorais no dia da eleição. Como foi derrotado, passou a trabalhar, no segundo turno, para Geraldo Pudim, candidato de Garotinho.
Em entrevista, por telefone, à Folha, Silva disse que foi um dos coordenadores da campanha em morro dos Cocos. Uma de suas tarefas era cadastrar famílias para receberem cestas básicas de ONG da qual Garotinho foi um dos fundadores. Na semana que antecedeu o segundo turno, disse que havia cadastrado 150 famílias.
Ele sustenta que participou de duas reuniões com Garotinho, em Campos, quando teria sido orientado a comprar votos. Disse que tinha 500 pessoas trabalhando como cabos eleitorais sob seu comando e que o número dobrou no dia da votação. Segundo ele, apenas parte das pessoas recebeu pagamento (disse que havia com ele R$ 38 mil em notas de R$ 50), o que o teria levado a guardar documentos como prova para que pudesse cobrar depois.
O ex-candidato disse que decidiu tornar pública a suposta compra de votos porque Garotinho teria lhe prometido emprego e não cumpriu a promessa. Disse que está doente e sem trabalho e que teme pela segurança da família.
O advogado de Garotinho, Sérgio Mazzillo, disse que não conhece Silva e que refuta as acusações.
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