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18/05/2005
-
09h41
da Folha de S.Paulo
Num dia marcado por tensões em Brasília, os partidos de oposição dizem ter conseguido as assinaturas para a instalação de uma CPI para investigar o suposto esquema de corrupção nos Correios. O governo, que trabalhou sem êxito para desarticular a comissão, foi contrariado por parte de sua própria bancada --13 deputados da chamada esquerda petista assinaram a favor da investigação pelo Congresso.
O presidente do PTB, Roberto Jefferson, apontado em gravação revelada pela revista "Veja" como chefe de um esquema de cobrança de propinas de empresários, fez sua defesa na tribuna da Câmara em discurso inflamado. Disse ter sido vítima de chantagem e tentativa de achaque, criticou a reportagem e anunciou que assinaria a CPI, pois nada temia. Com seu gesto, transferiu o ônus político do esforço contra a CPI para o governo.
Horas antes, em almoço no Palácio do Planalto com aliados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou o líder do PTB, José Múcio (PE), e disse: "Zé Múcio, diga ao Roberto Jefferson que sou solidário a ele.
Parceria é parceria. Tem de ter solidariedade. O Roberto Jefferson é inocente até prova em contrário. Quem tiver culpa no cartório, que pague. Essa é a hora em que o Roberto Jefferson vai saber quem é amigo dele e quem não é".
Ao final do dia, PFL e PSDB contabilizaram 39 assinaturas no Senado e 175 na Câmara, número suficiente para a abertura da CPI.
Trecho inédito da gravação que a Folha divulga hoje mostra Maurício Marinho, ex-chefe do Departamento de Compras e Administração de Materiais dos Correios em Brasília, afirmando que a empresa de informática Novadata, pertencente a Mauro Dutra, amigo do presidente Lula, fez "acertos" com servidores dos Correios para obter reajuste de R$ 5,5 milhões no valor de um contrato e tentar vencer uma licitação.
Ontem, o Ministério Público Federal instaurou inquérito civil público para apurar atos de corrupção na estatal.
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O presidente do PTB, Roberto Jefferson, apontado em gravação revelada pela revista "Veja" como chefe de um esquema de cobrança de propinas de empresários, fez sua defesa na tribuna da Câmara em discurso inflamado. Disse ter sido vítima de chantagem e tentativa de achaque, criticou a reportagem e anunciou que assinaria a CPI, pois nada temia. Com seu gesto, transferiu o ônus político do esforço contra a CPI para o governo.
Horas antes, em almoço no Palácio do Planalto com aliados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou o líder do PTB, José Múcio (PE), e disse: "Zé Múcio, diga ao Roberto Jefferson que sou solidário a ele.
Parceria é parceria. Tem de ter solidariedade. O Roberto Jefferson é inocente até prova em contrário. Quem tiver culpa no cartório, que pague. Essa é a hora em que o Roberto Jefferson vai saber quem é amigo dele e quem não é".
Ao final do dia, PFL e PSDB contabilizaram 39 assinaturas no Senado e 175 na Câmara, número suficiente para a abertura da CPI.
Trecho inédito da gravação que a Folha divulga hoje mostra Maurício Marinho, ex-chefe do Departamento de Compras e Administração de Materiais dos Correios em Brasília, afirmando que a empresa de informática Novadata, pertencente a Mauro Dutra, amigo do presidente Lula, fez "acertos" com servidores dos Correios para obter reajuste de R$ 5,5 milhões no valor de um contrato e tentar vencer uma licitação.
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