Publicidade
Publicidade
23/05/2005
-
09h53
KÁTIA BRASIL
da Agência Folha, em Letícia (Colômbia)
As Forças Aéreas Brasileira e Colombiana assinaram ontem um acordo que permitirá que aviões caças interceptem e destruam, conforme leis dos dois países, aeronaves usadas por narcotraficantes que cruzarem as fronteiras entre Brasil e Colômbia.
Para localizar as aeronaves, as forças trocarão informações de inteligência captadas por radares, inclusive do Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia). Assim, quando um avião não identificado invadir o espaço aéreo brasileiro, o comando da Colômbia será avisado, permitindo que caças de ataque bloqueiem os dois lados da fronteira e impossibilitem fugas.
"Nosso projeto é eliminar em 100% o tráfico de narcóticos, armas e munição que alimenta os grupos terroristas em nosso país", disse o general Edgar Alfonso Lesmez Abad, comandante da FAC (Força Aérea Colombiana), destacando que a Lei do Abate em seu país foi decretada em 1992.
Ele disse que de 2003 a abril deste ano, a FAC interceptou 180 aeronaves clandestinas, usadas por narcotraficantes, e destruiu 81 delas, algumas de brasileiros.
O mesmo não aconteceu com o Brasil, que regulamentou a Lei do Abate em novembro do ano passado. Das 20 aeronaves interceptadas neste ano pela FAB (Força Aérea Brasileira), nenhuma foi destruída. Dez aeronaves invadiram o espaço aéreo da Amazônia, mas conseguiram fugir.
Segundo o tenente-brigadeiro José Carlos Pereira, comandante-geral de Operações Aéreas da FAB, a maioria dos aviões interceptados no país era registrada em cidades da região Sul e pertencia a fazendeiros. Na interceptação, mudaram de rota, atendendo ao comando da FAB. "Entendemos que a Lei do Abate teve um efeito de dissuasão no Brasil".
Para dar início a essa ação de combate a aeronaves clandestinas, o tenente-brigadeiro José Carlos Pereira e o general Lesmez Abad iniciaram ontem formalmente a Operação Colbra 1, durante uma reunião na cidade colombiana de Letícia, na fronteira com a brasileira Tabatinga, a 1.105 quilômetros oeste de Manaus.
A Operação Colbra 1 (junção das iniciais de Colômbia e Brasil) é o exercício simulado que vai treinar os pilotos e controladores de vôos brasileiros e colombianos para consolidar os procedimentos de combate ao tráfego ilícito nas fronteiras. Os exercícios começam hoje na cidade de São Gabriel da Cachoeira (858 km de Manaus). O Brasil vai utilizar, pela primeira vez, os caças A-29 Super Tucanos, da Embraer.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a FAB
Abate de aviões alia FAB à Colômbia
Publicidade
da Agência Folha, em Letícia (Colômbia)
As Forças Aéreas Brasileira e Colombiana assinaram ontem um acordo que permitirá que aviões caças interceptem e destruam, conforme leis dos dois países, aeronaves usadas por narcotraficantes que cruzarem as fronteiras entre Brasil e Colômbia.
Para localizar as aeronaves, as forças trocarão informações de inteligência captadas por radares, inclusive do Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia). Assim, quando um avião não identificado invadir o espaço aéreo brasileiro, o comando da Colômbia será avisado, permitindo que caças de ataque bloqueiem os dois lados da fronteira e impossibilitem fugas.
"Nosso projeto é eliminar em 100% o tráfico de narcóticos, armas e munição que alimenta os grupos terroristas em nosso país", disse o general Edgar Alfonso Lesmez Abad, comandante da FAC (Força Aérea Colombiana), destacando que a Lei do Abate em seu país foi decretada em 1992.
Ele disse que de 2003 a abril deste ano, a FAC interceptou 180 aeronaves clandestinas, usadas por narcotraficantes, e destruiu 81 delas, algumas de brasileiros.
O mesmo não aconteceu com o Brasil, que regulamentou a Lei do Abate em novembro do ano passado. Das 20 aeronaves interceptadas neste ano pela FAB (Força Aérea Brasileira), nenhuma foi destruída. Dez aeronaves invadiram o espaço aéreo da Amazônia, mas conseguiram fugir.
Segundo o tenente-brigadeiro José Carlos Pereira, comandante-geral de Operações Aéreas da FAB, a maioria dos aviões interceptados no país era registrada em cidades da região Sul e pertencia a fazendeiros. Na interceptação, mudaram de rota, atendendo ao comando da FAB. "Entendemos que a Lei do Abate teve um efeito de dissuasão no Brasil".
Para dar início a essa ação de combate a aeronaves clandestinas, o tenente-brigadeiro José Carlos Pereira e o general Lesmez Abad iniciaram ontem formalmente a Operação Colbra 1, durante uma reunião na cidade colombiana de Letícia, na fronteira com a brasileira Tabatinga, a 1.105 quilômetros oeste de Manaus.
A Operação Colbra 1 (junção das iniciais de Colômbia e Brasil) é o exercício simulado que vai treinar os pilotos e controladores de vôos brasileiros e colombianos para consolidar os procedimentos de combate ao tráfego ilícito nas fronteiras. Os exercícios começam hoje na cidade de São Gabriel da Cachoeira (858 km de Manaus). O Brasil vai utilizar, pela primeira vez, os caças A-29 Super Tucanos, da Embraer.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice