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03/06/2005
-
13h08
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
A oposição cobrou nesta sexta-feira do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, explicações sobre a liberação de recursos orçamentários para o pagamento de emendas parlamentares para uma suposta operação abafa da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista dos Correios.
De acordo com matéria publica hoje na Folha de S.Paulo, o Executivo gastaria R$ 400 milhões em liberação de emendas para garantir, no dia 15 de junho, o arquivamento da CPI.
O senador José Jorge (PFL-PE) apresentou requerimento para que Palocci venha ao Senado explicar o suposto uso de recurso público com a finalidade política de engavetar as investigações sobre o caso de corrupção nos Correios.
"Isso é um absurdo nunca visto antes no Brasil, inclusive de forma explícita como está aqui. Estou convocando Palocci para ser sabatinado na CAE [Comissão de Assuntos Econômicos] do Senado. Lamento que o ministro, responsável por nossa economia, e que precisa ter o respeito de todos os brasileiros, esteja entrando, por assim dizer, no mundo cão da compra de votos de deputados", afirmou José Jorge.
Na próxima semana, o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) deve apresentar um novo requerimento de convite a Palocci para saber a destinação dos recursos liberados à suposta operação abafa.
O líder do PSDB na Casa, Arthur Virgílio (AM), disse que é temerário para o governo usar o ministro da Fazenda para negociações políticas como o arquivamento da CPI. "É uma insensatez brutal pegar a última figura de credibilidade do governo Lula para a operação abafa", argumentou. "O Palocci deveria se afastar da negociação sob pena de prejudicar sua administração e a economia brasileira", disse.
O presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), defendeu o governo e a liberação dos recursos, previstos no orçamento. "[O governo] Não está fazendo favor nenhum em liberar [as emendas]. É obrigação do governo com Estados, municípios e parlamentares", afirmou.
Severino disse que o objetivo do pagamento de emendas neste período não é facilitar a operação para abafar a CPI. "Não é exatamente isso", disse. "Errar é humano. E se erraram antes ao não liberar as emendas, atualmente, com o superávit primário --equivalente a 7,26% do PIB neste ano, acima da meta de 4,25%--, o Ministério da Fazenda pode fazer o pagamento do que está devendo aos municípios e aos Estados", disse.
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da Folha Online, em Brasília
A oposição cobrou nesta sexta-feira do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, explicações sobre a liberação de recursos orçamentários para o pagamento de emendas parlamentares para uma suposta operação abafa da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista dos Correios.
De acordo com matéria publica hoje na Folha de S.Paulo, o Executivo gastaria R$ 400 milhões em liberação de emendas para garantir, no dia 15 de junho, o arquivamento da CPI.
O senador José Jorge (PFL-PE) apresentou requerimento para que Palocci venha ao Senado explicar o suposto uso de recurso público com a finalidade política de engavetar as investigações sobre o caso de corrupção nos Correios.
"Isso é um absurdo nunca visto antes no Brasil, inclusive de forma explícita como está aqui. Estou convocando Palocci para ser sabatinado na CAE [Comissão de Assuntos Econômicos] do Senado. Lamento que o ministro, responsável por nossa economia, e que precisa ter o respeito de todos os brasileiros, esteja entrando, por assim dizer, no mundo cão da compra de votos de deputados", afirmou José Jorge.
Na próxima semana, o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) deve apresentar um novo requerimento de convite a Palocci para saber a destinação dos recursos liberados à suposta operação abafa.
O líder do PSDB na Casa, Arthur Virgílio (AM), disse que é temerário para o governo usar o ministro da Fazenda para negociações políticas como o arquivamento da CPI. "É uma insensatez brutal pegar a última figura de credibilidade do governo Lula para a operação abafa", argumentou. "O Palocci deveria se afastar da negociação sob pena de prejudicar sua administração e a economia brasileira", disse.
O presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), defendeu o governo e a liberação dos recursos, previstos no orçamento. "[O governo] Não está fazendo favor nenhum em liberar [as emendas]. É obrigação do governo com Estados, municípios e parlamentares", afirmou.
Severino disse que o objetivo do pagamento de emendas neste período não é facilitar a operação para abafar a CPI. "Não é exatamente isso", disse. "Errar é humano. E se erraram antes ao não liberar as emendas, atualmente, com o superávit primário --equivalente a 7,26% do PIB neste ano, acima da meta de 4,25%--, o Ministério da Fazenda pode fazer o pagamento do que está devendo aos municípios e aos Estados", disse.
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