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10/06/2005
-
21h29
THIAGO GUIMARÃES
da Agência Folha
O empresário de Ponta Porã (MS) Fahd Jamil foi condenado a 20 anos e três meses de prisão em regime fechado e ao pagamento de R$ 233 mil em multas pelos crimes de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Até esta sexta-feira, Jamil estava foragido. Cabe recurso contra a decisão, que é de primeira instância.
A sentença do juiz Odilon de Oliveira, da Justiça Federal em Ponta Porã, condenou outras seis pessoas pelos mesmos crimes --as penas somam 142 anos e seis meses de prisão, e as multas, R$ 1,4 milhão. Um dos condenados já presos é o vereador de Ponta Porá Landolfo Fernandes (PMDB), o mais votado na última eleição na cidade.
A denúncia (acusação formal) do Ministério Público Federal é de dezembro de 2000. Afirma que Jamil usou dinheiro do narcotráfico e de sonegação fiscal para compra de 199 imóveis urbanos, uma fazenda de 180 ha e cotas do capital de quatro empresas, entre outros bens.
O juiz Oliveira disse à Folha que as informações contidas no processo mostram que o grupo, que atuaria pelo menos desde meados da década de 90, trazia cocaína da Colômbia e da Bolívia para o Brasil. A droga entrava pelo Paraguai.
Jamil, que também foi condenado a perda de R$ 2,1 milhões em bens, é citado no relatório final da CPI da Pirataria da Câmara dos Deputados, concluída há um ano. Ele aparece como "suspeito de envolvimento com o crime organizado" na fronteira Brasil-Paraguai e um dos principais intermediários do contrabando de cigarros na região.
Em 1998, a Polícia Federal abriu inquérito para apurar depósitos suspeitos de R$ 15,3 milhões em uma conta de Jamil, feitos de julho de 1994 a novembro de 1996. As declarações de rendimentos do empresário de 1994 a 1997 somam R$ 177 mil, segundo a sentença.
A pedido do juiz Oliveira, o juiz da cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero (vizinha de Porto Porã), José Valiente, decretou a prisão de Jamil naquele país. Segundo Oliveira, a medida é prevista em tratado de extradição acertado entre os países. O empresário poderá ficar preso por até 15 dias em solo paraguaio, prazo para o Brasil pedir sua extradição.
Ontem, a PF apreendeu dois carros na casa de Jamil em Ponta Porã --um Cherokee Sport e um Toyota Corolla. Dos sete condenados, cinco ainda estão foragidos.
A reportagem não conseguiu falar ontem com os advogados de Jamil e de Fernandes.
Especial
Leia o que já foi publicado sore a CPI da Pirataria
Empresário é condenado a prisão por tráfico e lavagem de dinheiro
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da Agência Folha
O empresário de Ponta Porã (MS) Fahd Jamil foi condenado a 20 anos e três meses de prisão em regime fechado e ao pagamento de R$ 233 mil em multas pelos crimes de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Até esta sexta-feira, Jamil estava foragido. Cabe recurso contra a decisão, que é de primeira instância.
A sentença do juiz Odilon de Oliveira, da Justiça Federal em Ponta Porã, condenou outras seis pessoas pelos mesmos crimes --as penas somam 142 anos e seis meses de prisão, e as multas, R$ 1,4 milhão. Um dos condenados já presos é o vereador de Ponta Porá Landolfo Fernandes (PMDB), o mais votado na última eleição na cidade.
A denúncia (acusação formal) do Ministério Público Federal é de dezembro de 2000. Afirma que Jamil usou dinheiro do narcotráfico e de sonegação fiscal para compra de 199 imóveis urbanos, uma fazenda de 180 ha e cotas do capital de quatro empresas, entre outros bens.
O juiz Oliveira disse à Folha que as informações contidas no processo mostram que o grupo, que atuaria pelo menos desde meados da década de 90, trazia cocaína da Colômbia e da Bolívia para o Brasil. A droga entrava pelo Paraguai.
Jamil, que também foi condenado a perda de R$ 2,1 milhões em bens, é citado no relatório final da CPI da Pirataria da Câmara dos Deputados, concluída há um ano. Ele aparece como "suspeito de envolvimento com o crime organizado" na fronteira Brasil-Paraguai e um dos principais intermediários do contrabando de cigarros na região.
Em 1998, a Polícia Federal abriu inquérito para apurar depósitos suspeitos de R$ 15,3 milhões em uma conta de Jamil, feitos de julho de 1994 a novembro de 1996. As declarações de rendimentos do empresário de 1994 a 1997 somam R$ 177 mil, segundo a sentença.
A pedido do juiz Oliveira, o juiz da cidade paraguaia de Pedro Juan Caballero (vizinha de Porto Porã), José Valiente, decretou a prisão de Jamil naquele país. Segundo Oliveira, a medida é prevista em tratado de extradição acertado entre os países. O empresário poderá ficar preso por até 15 dias em solo paraguaio, prazo para o Brasil pedir sua extradição.
Ontem, a PF apreendeu dois carros na casa de Jamil em Ponta Porã --um Cherokee Sport e um Toyota Corolla. Dos sete condenados, cinco ainda estão foragidos.
A reportagem não conseguiu falar ontem com os advogados de Jamil e de Fernandes.
Especial
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