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11/06/2005
-
09h13
EDUARDO SCOLESE
da Folha de S.Paulo
A direção da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) admitiu ontem que está investigando as suspeitas de corrupção nos Correios e apontou uma "falha de comunicação" entre as ações da Polícia Federal e da agência no acompanhamento do caso.
A Abin, vinculada ao GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência), iniciou suas investigações sobre o caso dias antes de a revista "Veja" divulgar o conteúdo de gravação na qual um funcionário da estatal, Maurício Marinho, aparece negociando e embolsando propina de duas pessoas que se apresentaram como empresários.
Na fita, o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios recebe R$ 3.000 em dinheiro. Os empresários, que não aparecem no vídeo, seriam Joel Santos Filho e João Carlos Mancuso Vilela, presos ontem em Curitiba.
Sobre a investigação do caso, a Abin divulgou nota por conta de reportagens veiculadas ontem que diziam que a Polícia Federal iria investigar a Abin.
"Nos eventos que envolvem os Correios, a agência tem acompanhado as denúncias de corrupção, utilizando todos os métodos legais na busca de informações. Portanto, a forma de atuação da Abin nesse caso não pode ser confundida com participação de seus agentes nos fatos investigados", diz a nota da Abin.
A notícia foi divulgada no dia 14 de maio, dando início a uma das piores crises políticas da gestão Luiz Inácio Lula da Silva. Por conta disso, a Polícia Federal deve convocar para depor o agente da agência de investigação da Presidência da República que iniciou os trabalhos antes da divulgação da reportagem da revista.
Oficialmente, tanto a Polícia Federal como a Abin tentam colocar panos quentes na falta de comunicação que houve. A PF nega a existência de uma investigação institucional sobre as ações da agência, que, em nota, diz que trabalhará para que "casos semelhantes não se repitam".
Procurada, a assessoria do GSI não quis se manifestar, sugerindo que a reportagem lesse a nota divulgada pela Abin.
"Uma falha de comunicação entre as ações desenvolvidas pela Abin (coleta de dados) e pelo Departamento de Polícia Federal (Polícia Judiciária) levou à interpretação errônea" de algumas reportagens que trataram do tema, afirma o texto.
"A Abin e o DPF [Departamento de Polícia Federal] envidam esforços no sentido de que casos semelhantes [da chamada falha de comunicação] não se repitam", afirma, em texto divulgado ontem à tarde na página da agência na internet.
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Abin admite investigação na estatal
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A direção da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) admitiu ontem que está investigando as suspeitas de corrupção nos Correios e apontou uma "falha de comunicação" entre as ações da Polícia Federal e da agência no acompanhamento do caso.
A Abin, vinculada ao GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência), iniciou suas investigações sobre o caso dias antes de a revista "Veja" divulgar o conteúdo de gravação na qual um funcionário da estatal, Maurício Marinho, aparece negociando e embolsando propina de duas pessoas que se apresentaram como empresários.
Na fita, o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios recebe R$ 3.000 em dinheiro. Os empresários, que não aparecem no vídeo, seriam Joel Santos Filho e João Carlos Mancuso Vilela, presos ontem em Curitiba.
Sobre a investigação do caso, a Abin divulgou nota por conta de reportagens veiculadas ontem que diziam que a Polícia Federal iria investigar a Abin.
"Nos eventos que envolvem os Correios, a agência tem acompanhado as denúncias de corrupção, utilizando todos os métodos legais na busca de informações. Portanto, a forma de atuação da Abin nesse caso não pode ser confundida com participação de seus agentes nos fatos investigados", diz a nota da Abin.
A notícia foi divulgada no dia 14 de maio, dando início a uma das piores crises políticas da gestão Luiz Inácio Lula da Silva. Por conta disso, a Polícia Federal deve convocar para depor o agente da agência de investigação da Presidência da República que iniciou os trabalhos antes da divulgação da reportagem da revista.
Oficialmente, tanto a Polícia Federal como a Abin tentam colocar panos quentes na falta de comunicação que houve. A PF nega a existência de uma investigação institucional sobre as ações da agência, que, em nota, diz que trabalhará para que "casos semelhantes não se repitam".
Procurada, a assessoria do GSI não quis se manifestar, sugerindo que a reportagem lesse a nota divulgada pela Abin.
"Uma falha de comunicação entre as ações desenvolvidas pela Abin (coleta de dados) e pelo Departamento de Polícia Federal (Polícia Judiciária) levou à interpretação errônea" de algumas reportagens que trataram do tema, afirma o texto.
"A Abin e o DPF [Departamento de Polícia Federal] envidam esforços no sentido de que casos semelhantes [da chamada falha de comunicação] não se repitam", afirma, em texto divulgado ontem à tarde na página da agência na internet.
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