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17/06/2005
-
11h52
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
O ministro das Comunicações, Eunício Oliveira, determinou hoje o afastamento dos ex-diretores Maurício Coelho Madureira e Eduardo Medeiros de Morais nomeados na última segunda-feira consultores da diretoria da estatal.
Os dois, ligados ao PT, haviam sido exonerados na semana passada, quando toda a diretoria da estatal foi demitida a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por conta das denúncias de corrupção nos Correios.
Ontem, ao saber das nomeações pela imprensa, o ministro chegou a informar por meio de sua assessoria que a nomeação era um assunto interno dos Correios. Na manhã de hoje, no entanto, a mesma assessoria comunicou o afastamento dos ex-diretores.
A nomeação para consultorias técnicas da diretoria está prevista no manual de pessoal da empresa, mas após avaliar o episódio, o ministro considerou que não seria adequado manter como consultores da diretoria os ex-diretores afastados justamente para facilitar as investigações de corrupção em cargos ligados à diretoria.
Segundo o Ministério das Comunicações, Maurício Madureira e Eduardo Medeiros de Morais, que são funcionários de carreira da estatal, deverão reassumir suas funções de administradores postais.
Os dois, que tinham salários próximos de R$ 15 mil na diretoria da estatal, teriam seus ganhos reduzidos a aproximadamente R$ 10 mil nas consultorias. Como administradores postais, no entanto, os vencimentos dos técnicos estão entre R$ 5 mil e R$ 6 mil, segundo informações dos Correios.
A nomeação dos dois ex-diretores repercutiu mal no PMDB, partido do ministro, já que os indicados pelo partido foram efetivamente afastados da estatal, porque não eram funcionários de carreira, enquanto aqueles ligados ao PT foram remanejados para as consultorias, permanecendo com influência na estatal.
Em seu depoimento, terça-feira, no Conselho de Ética da Câmara, o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) disse que a maior parte das denúncias de corrupção na estatal estariam ligadas à diretoria de Tecnologia, que era ocupada por Eduardo Medeiros de Morais.
A estatal é a maior empregadora do país, com aproximadamente 108 mil funcionários. Ano passado, a empresa teve um faturamento de R$ 7,6 bilhões e despesas de R$ 7,3 bilhões, que resultaram em um lucro de aproximadamente R$ 300 milhões. Para este ano, a estatal tem previstos investimentos de R$ 565 milhões.
Colaborou a Sucursal da Folha de S.Paulo, em Brasília
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a CPI dos Correios
Eunício afasta ex-diretores remanejados para consultorias nos Correios
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da Folha Online, em Brasília
O ministro das Comunicações, Eunício Oliveira, determinou hoje o afastamento dos ex-diretores Maurício Coelho Madureira e Eduardo Medeiros de Morais nomeados na última segunda-feira consultores da diretoria da estatal.
Os dois, ligados ao PT, haviam sido exonerados na semana passada, quando toda a diretoria da estatal foi demitida a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por conta das denúncias de corrupção nos Correios.
Ontem, ao saber das nomeações pela imprensa, o ministro chegou a informar por meio de sua assessoria que a nomeação era um assunto interno dos Correios. Na manhã de hoje, no entanto, a mesma assessoria comunicou o afastamento dos ex-diretores.
A nomeação para consultorias técnicas da diretoria está prevista no manual de pessoal da empresa, mas após avaliar o episódio, o ministro considerou que não seria adequado manter como consultores da diretoria os ex-diretores afastados justamente para facilitar as investigações de corrupção em cargos ligados à diretoria.
Segundo o Ministério das Comunicações, Maurício Madureira e Eduardo Medeiros de Morais, que são funcionários de carreira da estatal, deverão reassumir suas funções de administradores postais.
Os dois, que tinham salários próximos de R$ 15 mil na diretoria da estatal, teriam seus ganhos reduzidos a aproximadamente R$ 10 mil nas consultorias. Como administradores postais, no entanto, os vencimentos dos técnicos estão entre R$ 5 mil e R$ 6 mil, segundo informações dos Correios.
A nomeação dos dois ex-diretores repercutiu mal no PMDB, partido do ministro, já que os indicados pelo partido foram efetivamente afastados da estatal, porque não eram funcionários de carreira, enquanto aqueles ligados ao PT foram remanejados para as consultorias, permanecendo com influência na estatal.
Em seu depoimento, terça-feira, no Conselho de Ética da Câmara, o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) disse que a maior parte das denúncias de corrupção na estatal estariam ligadas à diretoria de Tecnologia, que era ocupada por Eduardo Medeiros de Morais.
A estatal é a maior empregadora do país, com aproximadamente 108 mil funcionários. Ano passado, a empresa teve um faturamento de R$ 7,6 bilhões e despesas de R$ 7,3 bilhões, que resultaram em um lucro de aproximadamente R$ 300 milhões. Para este ano, a estatal tem previstos investimentos de R$ 565 milhões.
Colaborou a Sucursal da Folha de S.Paulo, em Brasília
Especial
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