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17/06/2005 - 23h00

Secretária perde advogados e sofre nova acusação

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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

A ex-secretária de Marcos Valério Fernandes de Souza na SMP&B Comunicação Fernanda Karina Ramos Somaggio perdeu os advogados que a defendiam no processo movido pelo ex-patrão e enfrenta desde ontem nova acusação: "cometimento do delito de furto qualificado, sob a modalidade do abuso da confiança".

Essa acusação foi apresentada ontem em petição assinada por Paulo Sérgio Abreu e Silva, advogado de Valério, ao juiz da 6ª Vara Criminal em Belo Horizonte, onde Somaggio responde a processo por suposta extorsão, conforme denúncia do Ministério Público Estadual. Valério pede que a nova denúncia seja incluída no atual processo.

A Folha ligou para os advogados de Somaggio na tarde de ontem para ouvi-los sobre isso e foi informada que Leonardo Macedo Poli e Luciana Costa Poli não defendiam mais a secretária. A informação foi passada pela secretária Adriana, que não soube dizer se Somaggio tinha outro advogado constituído.

"Eles não são mais advogados dela. Inclusive, pediram até para não atender mais ligação", disse Adriana, que não informou os motivos e se o rompimento fora ontem. Ontem, a Folha falou com Leonardo Poli e ele se limitou a dizer que não comentaria o caso da secretária. Procurada em sua casa, Somaggio não foi encontrada na tarde de ontem. Pelo telefone, a reportagem deixou um recado na caixa postal, mas não houve resposta.

Em entrevista à revista "IstoÉ Dinheiro" desta semana, Somaggio disse ter visto "malas de dinheiro" saindo da SMP&B, falou das relações políticas de Valério com Delúbio Soares, tesoureiro do PT, com Sílvio Pereira, secretário-geral do partido, e com o ex-ministro José Dirceu (PT-SP). O deputado Roberto Jefferson acusou Valério de ser o suposto "operador" de Delúbio no pagamento do "mensalão".

A revista disse ter entrevistado Somaggio em 2 de setembro do ano passado e na última segunda, dando divulgação às declarações dela na terça-feira. Um dia depois, Somaggio prestou depoimento espontaneamente à Polícia Federal e negou boa parte das declarações que dera à revista. Saiu sem falar com a imprensa.

Desde outubro do ano passado, ela está sendo processada, sob acusação de pedir dinheiro para não contar a jornalistas o que eventualmente soubesse sobre seu ex-patrão. No processo, que a Folha teve acesso, ela negou à polícia e ao juiz José Dalai Rocha ter documentos da agência.

Na reportagem da "IstoÉ Dinheiro" aparece um fac-símile de um documento da SMP&B sobre pagamento a Pimenta da Veiga, que seriam por honorários advocatícios, segundo o ex-ministro do governo FHC. O documento, diz a petição, é "prova inconteste" de que ele foi "subtraído pela denunciada dos arquivos da empresa".

O advogado solicita ao juiz que requisite à PF o depoimento prestado por Somaggio e também cópia da agenda que ela entregou à polícia na qual constariam datas e encontros de Valério. A PF informou que a agenda seria remetida para o órgão em Brasília.

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