Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
23/02/2010 - 10h38

CNJ analisa processo sobre desvio de R$ 1,5 milhão no TJ do Mato Grosso

Publicidade

da Folha Online

O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) analisa nesta terça-feira o processo administrativo que apura o desvio de R$ 1,5 milhão no TJ (Tribunal de Justiça) do Mato Grosso.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, relator do caso, apresentou parecer em que pede a aposentadoria compulsória de três desembargadores e sete juízes, suspeitos de participação no desvio dos recursos para favorecer a entidade maçônica Grande Oriente.

Entre os citados no documento estão os desembargadores Mariano Travassos (atual presidente do TJ), José Ferreira Leite (presidente do TJ e grão-mestre da entidade maçônica na ocasião dos fatos investigados) e José Tadeu Cury (então vice-presidente). O julgamento está marcado para amanhã, em Brasília.

Segundo ele, o relatório da auditoria encomendada pelo Tribunal de Justiça em 2008, que apontou os pagamentos indevidos a magistrados no ano de 2004, foi confirmado por provas colhidas pela Polícia Federal e pela auditoria feita pelo próprio CNJ.

O relatório afirma que o caso de desvios de recursos públicos começou em 2003, quando os envolvidos criaram uma cooperativa de crédito vinculada à loja Grande Oriente do Estado de Mato Grosso, da qual o desembargador José Ferreira Leite era grão-mestre.

A cooperativa de crédito quebrou em 2004, quando foi descredenciada pelo Banco Central por falta de liquidez. Para atender aos correntistas, a maioria ligada à maçonaria, os envolvidos "buscaram recursos no Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso, por meio de pagamentos de créditos aos seus magistrados maçônicos ou não, desde que tivessem desprendimento para emprestá-los à ordem maçônica", diz o relator.

O presidente nacional da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ophir Cavalcante, irá participar da sessão do CNJ. Ontem, ele disse considerar "gravíssimas" as denúncias contra os magistrados.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página