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22/06/2005 - 21h12

Valério diz que declarações tem "interesses suspeitos"

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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

O publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, por meio de nota distribuída por sua assessoria, manifestou "repúdio e estranheza" em relação às declarações da secretária Fernanda Somaggio, afirmando que ela está "evidentemente inspirada e estimulada por interesses suspeitos".

Valério disse haver "notória contradição" entre as declarações dela à imprensa e os três depoimentos que prestou à Polícia Civil, à Justiça e o primeiro depoimento à Polícia Federal.

O empresário refere-se ao processo que move contra Somaggio por suposta "extorsão", quando, nessa ação, ela negou que soubesse de algo que pudesse prejudicar seu ex-patrão.

"O conteúdo das entrevistas, além de contradizer aqueles depoimentos, evidencia que as falsas acusações têm por base suposições, especulações e/ou fantasias - ou ainda e simplesmente má-fé." Valério diz que Somaggio "se baseia apenas no que ela crê" e que ignora "para quem, quando e onde" o suposto dinheiro seria distribuído".

Ele também lembra que fez interpelação no STF (Supremo Tribunal Federal) contra o deputado Roberto Jefferson (PTB), "por quem tem sido caluniado sem a exibição de qualquer prova".

Avião

Em resposta à solicitação da Folha, o Banco Rural, em nota, informou que Valério "já viajou na aeronave da instituição, uma vez que a SMP&B presta serviços de publicidade e propaganda para o banco há mais de 10 anos", mas que "não é possível precisar quando ocorreu a viagem". E negou, mais uma vez, que Delúbio Soares tenha viajado no avião.

Sobre Somaggio ter dito que fazia contato com a secretária do então vice-presidente do banco quando Valério queria solicitar o avião, o banco disse que "a ex-secretária do sr. José Augusto Dumont afirma que não tratou sobre solicitação de utilização da aeronave do banco com a sra. Somaggio, com quem não se recorda de já ter tido qualquer contato". O nome dela não foi informado.

Sobre as relações de saques feitos pela SMP&B, disse que "por se tratar de sigilo bancário" e por determinação do Banco Central, "não pode informar --nem confirmar ou não --nomes de clientes, tampouco a eventualidade de saques". "Isto só poderá ser feito sob determinação judicial ou autorização de clientes."

A SMP&B, também em nota, também negou as acusações de Somaggio e informou que ela atendia "exclusivamente" a Valério, que "não tinha, portanto, qualquer vínculo profissional com os demais sócios da SMP&B."

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