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24/06/2005
-
13h46
da Folha Online
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista dos Correios, criada para investigar as denúncias de corrupção na estatal, vai convocar inicialmente as pessoas diretamente envolvidas com as denúncias, segundo informou o presidente da comissão, senador Delcídio Amaral (PT-MS).
Ele apresentou uma lista com os nomes das primeiras pessoas que deverão ser ouvidas pela CPI, que já ouviu o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material Maurício Marinho, flagrado recebendo R$ 3 mil. Na gravação, Marinho disse que trabalhava em conjunto com Roberto Jefferson (PTB-RJ) e com o ex-diretor de Administração dos Correios, Antônio Osório Batista.
Além de Marinho, já foram ouvidos os empresários Arthur Wascheck Neto e Antonio Velasco, suspeitos de serem os mandantes da gravação que denuncia o suposto esquema de corrupção nos Correios.
Confira a lista dos próximos:
José Fortuna Neves - ex-agente do SNI (Sistema Nacional de Informações) que afirmou, em depoimento à Polícia Federal, que a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) investigava os Correios a pedido da Casa Civil. O ex-agente passou a ser investigado pela Polícia Federal depois que seu nome foi citado pelo deputado Roberto Jefferson, no plenário da Câmara.
Clauzer Esteves - sócio de Fortuna.
Edgard Lange - agente da Abin, conhecido como Alemão. De acordo com Fortuna, é quem teria contado a ele sobre a participação da Casa Civil nas investigações. Alemão teria dito que a intenção era investigar a Unisys, empresa multinacional de informática que tem convênios com a estatal e com Previdência. Fortuna afirmou também que Alemão pediu a ele para assumir a autoria da gravação antes da fita ser divulgada para a imprensa.
Arlindo Molina - militar reformado da marinha, também citado pelo deputado Roberto Jefferson no plenário da Câmara. Antes da divulgação da fita pela imprensa, Molina foi ao gabinete do deputado com a gravação. Ele disse à polícia que teria ido alertar Jefferson, mas a polícia investiga se houve tentativa de extorsão.
Joel Santos - participou da gravação em que Marinho é flagrado recebendo R$ 3 mil de empresários para favorecê-los em uma licitação da empresa.
João Carlos Mancuso - também afirmou ter participado da gravação.
Jairo Souza Martins - policial militar licenciado e ex-agente da Abin, é suspeito de ser o responsável pela distribuição da fita à imprensa. Teria sido ainda o responsável pelo equipamento de gravação.
Antônio Osório Batista - ex-diretor de Administração dos Correios, citado por Marinho na gravação.
Fernando Godoy - ex-assessor da Diretoria de Administração dos Correios, também citado por Marinho na gravação.
Roberto Salmeron - ex-presidente da Eletronorte e ex-vice-presidente dos Correios. Salmeron foi citado no depoimento do ex-diretor de Administração dos Correios, Antônio Osório Batista. De acordo com o depoimento, Osório, Roberto Jefferson e Salmeron teriam assistido à gravação um dia antes de ter sido divulgada à imprensa.
Roberto Jefferson - o nome do deputado foi citado por Maurício Marinho durante a gravação em que fala sobre a suposta existência de um esquema de corrupção nos Correios envolvendo o PTB.
Marcus Vinicius Ferreira - genro de Roberto Jefferson e assessor do diretor da Eletronuclear Luiz Rondon Teixeira de Magalhães, indicado por Jefferson.
Eduardo Medeiros de Morais - diretor afastado dos Correios por suspeita de corrupção. Em entrevista à imprensa, o senador Fernando Bezerra disse que recebeu uma carta anônima onde dizia haver uma licitação em curso na Diretoria de Tecnologia dos Correios para a aquisição de kits de informática que serviriam para expandir o Banco Postal e interligar as agências. De acordo com a reportagem, a carta dizia que o então diretor de Tecnologia e seu subordinado Edilberto Petry estavam definindo as especificações dos equipamentos sob orientação da NovaData. A matéria afirma que havia uma licitação para comprar os kits, porém, o valor era menor do que o informado na correspondência anônima.
Edilberto Petry - subordinado de Medeiros.
Mauro Dutra - presidente da NovaData, empresa que fabrica computadores.
Fernando Brites - representante da NovaData.
Júlio Imoto - suspeito de ser atuar com Marinho na cobrança de propina.
Haroldo Cláudio Marschner - empresário, um dos donos da Precision Componentes, que fabrica lacres de segurança para placas de trânsito. Disse que também recebeu um pedido de suborno de Marinho, para poupar a empresa de suas multas.
Fernanda Karina Somaggio - ex-secretária de Marcos Valério Fernandes de Souza, publicitário de Belo Horizonte. Em entrevista à imprensa, afirmou que seu ex-chefe carregava malas de dinheiro quando se encontrava com integrantes do PT, como o tesoureiro do partido, Delúbio Soares. Em depoimento à Polícia Federal, negou as afirmações, mas recentemente, em nova entrevista, disse que mentiu porque teria sido ameaçada de morte e reafirmou as primeiras declarações.
Com Agência Brasil
Especial
Leia a cobertura completa sobre a CPI dos Correios
Saiba quem serão os próximos convocados pela CPI dos Correios
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A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista dos Correios, criada para investigar as denúncias de corrupção na estatal, vai convocar inicialmente as pessoas diretamente envolvidas com as denúncias, segundo informou o presidente da comissão, senador Delcídio Amaral (PT-MS).
Ele apresentou uma lista com os nomes das primeiras pessoas que deverão ser ouvidas pela CPI, que já ouviu o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material Maurício Marinho, flagrado recebendo R$ 3 mil. Na gravação, Marinho disse que trabalhava em conjunto com Roberto Jefferson (PTB-RJ) e com o ex-diretor de Administração dos Correios, Antônio Osório Batista.
Além de Marinho, já foram ouvidos os empresários Arthur Wascheck Neto e Antonio Velasco, suspeitos de serem os mandantes da gravação que denuncia o suposto esquema de corrupção nos Correios.
Confira a lista dos próximos:
José Fortuna Neves - ex-agente do SNI (Sistema Nacional de Informações) que afirmou, em depoimento à Polícia Federal, que a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) investigava os Correios a pedido da Casa Civil. O ex-agente passou a ser investigado pela Polícia Federal depois que seu nome foi citado pelo deputado Roberto Jefferson, no plenário da Câmara.
Clauzer Esteves - sócio de Fortuna.
Edgard Lange - agente da Abin, conhecido como Alemão. De acordo com Fortuna, é quem teria contado a ele sobre a participação da Casa Civil nas investigações. Alemão teria dito que a intenção era investigar a Unisys, empresa multinacional de informática que tem convênios com a estatal e com Previdência. Fortuna afirmou também que Alemão pediu a ele para assumir a autoria da gravação antes da fita ser divulgada para a imprensa.
Arlindo Molina - militar reformado da marinha, também citado pelo deputado Roberto Jefferson no plenário da Câmara. Antes da divulgação da fita pela imprensa, Molina foi ao gabinete do deputado com a gravação. Ele disse à polícia que teria ido alertar Jefferson, mas a polícia investiga se houve tentativa de extorsão.
Joel Santos - participou da gravação em que Marinho é flagrado recebendo R$ 3 mil de empresários para favorecê-los em uma licitação da empresa.
João Carlos Mancuso - também afirmou ter participado da gravação.
Jairo Souza Martins - policial militar licenciado e ex-agente da Abin, é suspeito de ser o responsável pela distribuição da fita à imprensa. Teria sido ainda o responsável pelo equipamento de gravação.
Antônio Osório Batista - ex-diretor de Administração dos Correios, citado por Marinho na gravação.
Fernando Godoy - ex-assessor da Diretoria de Administração dos Correios, também citado por Marinho na gravação.
Roberto Salmeron - ex-presidente da Eletronorte e ex-vice-presidente dos Correios. Salmeron foi citado no depoimento do ex-diretor de Administração dos Correios, Antônio Osório Batista. De acordo com o depoimento, Osório, Roberto Jefferson e Salmeron teriam assistido à gravação um dia antes de ter sido divulgada à imprensa.
Roberto Jefferson - o nome do deputado foi citado por Maurício Marinho durante a gravação em que fala sobre a suposta existência de um esquema de corrupção nos Correios envolvendo o PTB.
Marcus Vinicius Ferreira - genro de Roberto Jefferson e assessor do diretor da Eletronuclear Luiz Rondon Teixeira de Magalhães, indicado por Jefferson.
Eduardo Medeiros de Morais - diretor afastado dos Correios por suspeita de corrupção. Em entrevista à imprensa, o senador Fernando Bezerra disse que recebeu uma carta anônima onde dizia haver uma licitação em curso na Diretoria de Tecnologia dos Correios para a aquisição de kits de informática que serviriam para expandir o Banco Postal e interligar as agências. De acordo com a reportagem, a carta dizia que o então diretor de Tecnologia e seu subordinado Edilberto Petry estavam definindo as especificações dos equipamentos sob orientação da NovaData. A matéria afirma que havia uma licitação para comprar os kits, porém, o valor era menor do que o informado na correspondência anônima.
Edilberto Petry - subordinado de Medeiros.
Mauro Dutra - presidente da NovaData, empresa que fabrica computadores.
Fernando Brites - representante da NovaData.
Júlio Imoto - suspeito de ser atuar com Marinho na cobrança de propina.
Haroldo Cláudio Marschner - empresário, um dos donos da Precision Componentes, que fabrica lacres de segurança para placas de trânsito. Disse que também recebeu um pedido de suborno de Marinho, para poupar a empresa de suas multas.
Fernanda Karina Somaggio - ex-secretária de Marcos Valério Fernandes de Souza, publicitário de Belo Horizonte. Em entrevista à imprensa, afirmou que seu ex-chefe carregava malas de dinheiro quando se encontrava com integrantes do PT, como o tesoureiro do partido, Delúbio Soares. Em depoimento à Polícia Federal, negou as afirmações, mas recentemente, em nova entrevista, disse que mentiu porque teria sido ameaçada de morte e reafirmou as primeiras declarações.
Com Agência Brasil
Especial
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