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26/06/2005
-
09h30
CLÁUDIA TREVISAN
da Folha de S. Paulo
Os saques de R$ 21 milhões realizados pelas empresas do publicitário Marcos Valério entre julho de 2003 e maio de 2005 "são suspeitos" e terão de ser analisados pela CPI que vier a investigar o "mensalão", disse ontem o relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).
Segundo ele, ainda não está claro se a suspeita de pagamento a parlamentares em troca de apoio político será apurada na CPI dos Correios ou por outra específica para o "mensalão".
Há duas propostas de criação de CPI com esse objetivo: uma é mista, de senadores e deputados, e outra exclusiva da Câmara. Os deputados afirmam que eles é que têm de investigar o "mensalão", já que a denúncia não atinge senadores. A intenção do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), é aprovar a CPI exclusiva na terça-feira. Se isso ocorrer, a proposta da CPI mista deve ser abandonada.
O deputado Gustavo Fruet, da CPI dos Correios,afirmou ontem que apresentará requerimento solicitando os documentos sobre a movimentação financeira das duas empresas de Valério, SMPB Comunicação e DNA Propaganda. Dados do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), órgão do Ministério da Fazenda, mostram que as duas empresas fizeram saques em dinheiro que somaram R$ 11 milhões em 2003 e R$ 10 milhões em 2004.
Valério é apontado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como o responsável pelo suposto pagamento de "mensalão" a parlamentares. A ex-secretária do publicitário, Fernanda Karina Somaggio, sustenta que ele saía da empresa com malas de dinheiro.
"Acredito que há elementos para requerer os documentos na CPI dos Correios", opinou Fruet. Valério tem contratos com a estatal e, por isso, irá depor na CPI. O deputado paranaense também pedirá os dados do Coaf no Conselho de Ética da Câmara, que ouvirá o depoimento de Somaggio na terça-feira.
A movimentação financeira das empresas de Valério foi revelada em reportagem da revista "IstoÉ" que chegou às bancas na sexta-feira. De acordo com os documentos, a SMPB tirou de suas contas, em dinheiro vivo, R$ 16,5 milhões. A DNA, R$ 4,4 milhões. Os saques foram feitos no Banco Rural de Belo Horizonte. A SMPB retirou ainda R$ 400 mil de sua conta no Banco do Brasil.
No depoimento que deu ao Conselho de Ética da Câmara, Jefferson afirmou que recebeu do PT em 2004 R$ 4 milhões para a campanha eleitoral do PTB. O dinheiro, segundo ele, foi entregue em maços de notas de R$ 50 e R$ 100, enrolados em cintas do Banco Rural e do Banco do Brasil.
Serraglio afirmou que a CPI dos Correios terá de investigar eventuais irregularidades nos contratos de Valério com os Correios, entre elas o superfaturamento.
Para Fruet, será inevitável o encontro das investigações sobre os Correios e o "mensalão", pois a suspeita é que a origem do dinheiro são contratos de empresas com estatais dominadas por nomeações de partidos políticos.
Especial
Leia a cobertura completa sobre o caso da mesada no Congresso
Leia o que já foi publicado sobre o publicitário Marcos Valério
Saques feitos por Valério serão alvo de CPI
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da Folha de S. Paulo
Os saques de R$ 21 milhões realizados pelas empresas do publicitário Marcos Valério entre julho de 2003 e maio de 2005 "são suspeitos" e terão de ser analisados pela CPI que vier a investigar o "mensalão", disse ontem o relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).
Segundo ele, ainda não está claro se a suspeita de pagamento a parlamentares em troca de apoio político será apurada na CPI dos Correios ou por outra específica para o "mensalão".
Há duas propostas de criação de CPI com esse objetivo: uma é mista, de senadores e deputados, e outra exclusiva da Câmara. Os deputados afirmam que eles é que têm de investigar o "mensalão", já que a denúncia não atinge senadores. A intenção do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), é aprovar a CPI exclusiva na terça-feira. Se isso ocorrer, a proposta da CPI mista deve ser abandonada.
O deputado Gustavo Fruet, da CPI dos Correios,afirmou ontem que apresentará requerimento solicitando os documentos sobre a movimentação financeira das duas empresas de Valério, SMPB Comunicação e DNA Propaganda. Dados do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), órgão do Ministério da Fazenda, mostram que as duas empresas fizeram saques em dinheiro que somaram R$ 11 milhões em 2003 e R$ 10 milhões em 2004.
Valério é apontado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como o responsável pelo suposto pagamento de "mensalão" a parlamentares. A ex-secretária do publicitário, Fernanda Karina Somaggio, sustenta que ele saía da empresa com malas de dinheiro.
"Acredito que há elementos para requerer os documentos na CPI dos Correios", opinou Fruet. Valério tem contratos com a estatal e, por isso, irá depor na CPI. O deputado paranaense também pedirá os dados do Coaf no Conselho de Ética da Câmara, que ouvirá o depoimento de Somaggio na terça-feira.
A movimentação financeira das empresas de Valério foi revelada em reportagem da revista "IstoÉ" que chegou às bancas na sexta-feira. De acordo com os documentos, a SMPB tirou de suas contas, em dinheiro vivo, R$ 16,5 milhões. A DNA, R$ 4,4 milhões. Os saques foram feitos no Banco Rural de Belo Horizonte. A SMPB retirou ainda R$ 400 mil de sua conta no Banco do Brasil.
No depoimento que deu ao Conselho de Ética da Câmara, Jefferson afirmou que recebeu do PT em 2004 R$ 4 milhões para a campanha eleitoral do PTB. O dinheiro, segundo ele, foi entregue em maços de notas de R$ 50 e R$ 100, enrolados em cintas do Banco Rural e do Banco do Brasil.
Serraglio afirmou que a CPI dos Correios terá de investigar eventuais irregularidades nos contratos de Valério com os Correios, entre elas o superfaturamento.
Para Fruet, será inevitável o encontro das investigações sobre os Correios e o "mensalão", pois a suspeita é que a origem do dinheiro são contratos de empresas com estatais dominadas por nomeações de partidos políticos.
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