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Pimentel está envolvido no escândalo do mensalão petista, diz revista
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da Folha Online
Documentação analisada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o mensalão do PT mostra que o ex-prefeito de Belo Horizonte e atual coordenador da campanha da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à Presidência da República, Fernando Pimentel (PT), foi um dos operadores do suposto esquema. A informação é da Revista "IstoÉ", publicada nesta sexta-feira. O petista alega que as acusações são absurdas.
De acordo com a reportagem, Pimentel seria responsável por enviar remessa ilegal de dinheiro para o exterior que depois serviria para pagar dívidas do PT com o publicitário Duda Mendonça.
A publicação, que afirma ter tido acesso às 69 mil páginas do processo que corre em segredo de Justiça, diz ainda que o Ministério Público aponta que a origem desses recursos está em um contrato superfaturado da Prefeitura de Belo Horizonte, feito durante a gestão de Pimentel, com a CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas).
Segundo a revista, o caso foi muito além de um "caixa 2" de campanha e que uma integrante da Executiva Regional do PT no Rio Grande do Sul teria recebido R$ 1 milhão do ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, usado para pagar fornecedores do Fórum Social Mundial.
Outro Lado
Em nota, Pimentel negou todas as acusações. Disse que nunca foi inquirido, arrolado, indiciado, denunciado ou ouvido por qualquer ligação, ainda que indireta, com o esquema do mensalão.
"As acusações são baseadas em puras ilações. Aproveitando-se do fato de a Prefeitura de Belo Horizonte ter contratado a CDL para um projeto de instalação de câmeras de segurança nas ruas do Centro da cidade, um procurador e a revista lançam mão da seguinte coincidência para tentar, sem qualquer prova, me envolver no caso: o diretor financeiro da CDL à época do convênio para a instalação das câmeras mais tarde foi identificado como doleiro supostamente envolvido com o chamado mensalão", disse.
Segundo o petista, o convênio entre a prefeitura de Belo Horizonte e a CDL nunca foi alvo de ação na Justiça. "O projeto está em vigor até hoje, sem contestações, sob responsabilidade da Polícia Militar. Como prefeito, jamais fui inquirido, indiciado ou denunciado por este convênio de jurisdição municipal", escreveu.
O chamado escândalo do mensalão petista foi denunciado pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) em 2005. O episódio teve reflexo no governo, afastando líderes petistas, como Dirceu e o ex-ministro Luiz Gushiken (Secretaria de Comunicação). O caso também provocou a queda do então presidente do PT, o deputado José Genoino.
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