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28/06/2005
-
18h01
da Folha Online
Fernanda Karina Somaggio, a ex-secretária do suposto operador do esquema de "mensalão", Marcos Valério de Souza, sugeriu novos nomes para Conselho de Ética em seu depoimento. Em uma fala repleta de negativas, a ex-secretária não soube informar detalhes das movimentações financeiras da empresa onde trabalhou de abril de 2003 a janeiro de 2004.
A ex-secretária também não sustentou um dos argumentos chave da defesa de Marcos Valério, a respeito de um detalhe polêmico do escândalo: saques de R$ 20,9 milhões das contas das agências de publicidade SMPB e DNA (das quais Valério é sócio), detectadas pela Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), feitas de uma agência do Banco Rural.
A Polícia Federal deve ouvir o empresário sobre os saques, que justificou o montante da retirada por meio de operações de compra de gado. Segundo Marcos Valério, alguns criadores não gostam de receber por meio de ordens de pagamento.
O advogado de Jefferson, Itapuã Messias, fez o seguinte cálculo para introduzir a pergunta: ele considerou como o custo de 1 novilho aproximadamente R$ 400 e que, se todo o dinheiro sacado fosse dirigido para comprar gado, o empresário teria adquirido em torno de 52 mil "cabeças".
Questionada se tinha conhecimento dos endereços das fazendas do ex-patrão, Somaggio respondeu: "Não. Enquanto eu estive lá, eu não tive conhecimento de nenhuma fazenda, mesmo porque eu tomava conta dos negócios dele [Marcos Valério], fazia os pagamentos.
Os parlamentares procuraram saber de que forma a ex-secretária baseou suas denúncias de supostas negociatas e contratos ilícitos da agência de publicidade onde trabalhou com estatais. A ex-secretária indicou que somente ouviu de terceiros várias das informações que citou em suas entrevistas à imprensa, como as quantias de dinheiro que teriam sido transportadas na agência.
Na primeira parte de seu testemunho, ela chegou a desmentir uma informação de que tinha conhecimento efetivo de quais empresas forneceram recursos para agência e que ela teria visto em "malas de dinheiro".
A ex-secretária foi sistematicamente indagada sobre as movimentações financeiras da agência de publicidade, principalmente pelo advogado do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), Luiz Francisco Corrêa Barbosa, que usou cerca de 20 minutos da sessão para realizar perguntas.
Foram nesses 20 minutos que a ex-secretária mencionou que boa parte das supostas informações que trouxe a público tiveram origem na gerente do departamento financeiro da agência Simone Vasconcelos bem como office-boys que seriam os responsáveis pelo transportes de vultosas quantias de dinheiro da agência.
Especial
Leia a cobertura completa sobre o caso da mesada no Congresso
Ex-secretária indica mais nomes para Conselho de Ética
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Fernanda Karina Somaggio, a ex-secretária do suposto operador do esquema de "mensalão", Marcos Valério de Souza, sugeriu novos nomes para Conselho de Ética em seu depoimento. Em uma fala repleta de negativas, a ex-secretária não soube informar detalhes das movimentações financeiras da empresa onde trabalhou de abril de 2003 a janeiro de 2004.
A ex-secretária também não sustentou um dos argumentos chave da defesa de Marcos Valério, a respeito de um detalhe polêmico do escândalo: saques de R$ 20,9 milhões das contas das agências de publicidade SMPB e DNA (das quais Valério é sócio), detectadas pela Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), feitas de uma agência do Banco Rural.
A Polícia Federal deve ouvir o empresário sobre os saques, que justificou o montante da retirada por meio de operações de compra de gado. Segundo Marcos Valério, alguns criadores não gostam de receber por meio de ordens de pagamento.
O advogado de Jefferson, Itapuã Messias, fez o seguinte cálculo para introduzir a pergunta: ele considerou como o custo de 1 novilho aproximadamente R$ 400 e que, se todo o dinheiro sacado fosse dirigido para comprar gado, o empresário teria adquirido em torno de 52 mil "cabeças".
Questionada se tinha conhecimento dos endereços das fazendas do ex-patrão, Somaggio respondeu: "Não. Enquanto eu estive lá, eu não tive conhecimento de nenhuma fazenda, mesmo porque eu tomava conta dos negócios dele [Marcos Valério], fazia os pagamentos.
Os parlamentares procuraram saber de que forma a ex-secretária baseou suas denúncias de supostas negociatas e contratos ilícitos da agência de publicidade onde trabalhou com estatais. A ex-secretária indicou que somente ouviu de terceiros várias das informações que citou em suas entrevistas à imprensa, como as quantias de dinheiro que teriam sido transportadas na agência.
Sergio Lima / FI |
A ex-secretária de Valério, Fernanda Karina Somaggio |
A ex-secretária foi sistematicamente indagada sobre as movimentações financeiras da agência de publicidade, principalmente pelo advogado do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), Luiz Francisco Corrêa Barbosa, que usou cerca de 20 minutos da sessão para realizar perguntas.
Foram nesses 20 minutos que a ex-secretária mencionou que boa parte das supostas informações que trouxe a público tiveram origem na gerente do departamento financeiro da agência Simone Vasconcelos bem como office-boys que seriam os responsáveis pelo transportes de vultosas quantias de dinheiro da agência.
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