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01/07/2005 - 05h48

Senador quer colocar frente a frente Jefferson, Delúbio e Dirceu

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

O depoimento do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) à CPI Mista dos Correios, que começou na tarde desta quinta-feira e só terminou por volta de 2h desta sexta, abriu caminho para um encontro muito esperado, que deve ser realizado nas próximas audiências da comissão.

O senador Jefferson Peres (PDT-AM) apresentou um requerimento à comissão, que deve ser votado na próxima semana, para que a CPI coloque frente a frente Roberto Jefferson, que já disse aceitar a acareação, o deputado José Dirceu (PT-SP) e o tesoureiro do PT, Delúbio Soares.

Nem Dirceu, nem Delúbio, no entanto, prestaram depoimento à comissão parlamentar. Ainda não foi votado, inclusive, qualquer requerimento para que ambos deponham à comissão.

O relator da CPI, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), mantém a opinião de que uma acareação só pode ocorrer depois que todos os envolvidos no confronto deponham separadamente na comissão.

O encontro, quando confirmado, permitirá que Dirceu, que deixou a Casa Civil depois das denúncias de Roberto Jefferson sobre o suposto pagamento de mesada a deputados do PP e PL, cumpra o discurso feito na data de sua demissão em que dizia voltar ao Congresso Nacional para defender o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dirceu foi classificado por Jefferson como o cabeça do "maior esquema de corrupção" que diz ter visto.

O tesoureiro do PT, por sua vez, é apontado pelo deputado petebista como o organizador do suposto esquema de pagamento de mesadas a deputados do PP e PL. Além disso, é acusado por Jefferson de participar do desvio de recursos de Furnas para o caixa do partido.

Marcos Valério

Em seu depoimento à CPI, Jefferson reforçou a tese da oposição de que o publicitário Marcos Valério, apontado pelo deputado como um dos operadores do "mensalão", precisava ser ouvido em breve.

Em março deste ano, Valério teria sugerido que Jefferson transferisse US$ 600 milhões de uma conta do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil), que era presidido pelo amigo do deputado Lídio Brandão, para uma conta do Banco Espírito Santo em Portugal.

A proposta, de acordo com Jefferson, foi revelada ao presidente do PT, José Genoino. O petista, em resposta, teria dito que Valério era "um homem de confiança".

Nessa quinta-feira, a CPI dos Correios aprovou o pedido de quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico do publicitário, de suas empresas e de sua mulher, Renilda Fernandes de Souza. Valério e sua ex-secretária Fernanda Karina Somaggio devem depor à CPI na próxima semana e podem participar de uma acareação.

Especial
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