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04/07/2005
-
11h38
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
Os deputados que compõem a ala esquerda do PT se reúnem na noite desta segunda-feira, em Brasília, para discutir a crise política e elaborar um documento com as suas posições quanto ao PT no governo, a permanência da atual Executiva Nacional do partido e a política econômica.
Segundo o deputado Walter Pinheiro (PT-BA), apesar de a política econômica ser encarada pela sociedade atualmente como a única frente do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que está dando certo, para a esquerda do partido, ela agrada apenas "ao mercado, aos organismos internacionais, mas não atinge o cidadão, o trabalhador".
A esquerda petista defende o afastamento imediato da atual direção partidária, em especial do presidente nacional do PT, José Genoino, do tesoureiro do partido, Delúbio Soares, e do secretário-geral, Silvio Pereira. "Temos um PED [Processo de Eleições Democráticas] pela frente, que não pode ser comandado pela atual direção. Como tocar o PED e se defender ao mesmo tempo?", questionou Pinheiro.
Apesar das denúncias contra integrantes da Executiva e da crise política para o governo, a esquerda rejeita a idéia de antecipar o PED. "Seria pior. Não teríamos tempo de fazer campanha."
O PED escolherá a nova Executiva Nacional do PT, em eleições diretas entre os seus mais de 800 mil filiados em setembro deste ano. Apesar do desgaste provocado pelas denúncias, a esquerda do partido acredita que Genoino ainda tem chances de se reeleger. "Ele conta com a estrutura partidária. A candidatura de Raul Pont [RS] está crescendo, mas o quadro é indefinido", avaliou o deputado.
Para a esquerda petista, o partido agora tem que atuar em duas frentes: um combate eficaz à corrupção e a adoção de ações programáticas petistas. Walter Pinheiro afirma que não é o momento de falar em punições, ou até mesmo em cassação de mandatos.
"Este não é o momento de bravatas. É extremamente prematuro falar de cassações de mandato, seja de quem seja", avaliou o deputado, se referindo à pressão da oposição pela abertura de processo de cassação do mandato do ex-ministro-chefe da Casa Civil, deputado José Dirceu (PT-SP). "Depois de todas estas denúncias, temos que acirrar os termos da apuração e permitir que cada um se defenda."
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Segundo o deputado Walter Pinheiro (PT-BA), apesar de a política econômica ser encarada pela sociedade atualmente como a única frente do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que está dando certo, para a esquerda do partido, ela agrada apenas "ao mercado, aos organismos internacionais, mas não atinge o cidadão, o trabalhador".
A esquerda petista defende o afastamento imediato da atual direção partidária, em especial do presidente nacional do PT, José Genoino, do tesoureiro do partido, Delúbio Soares, e do secretário-geral, Silvio Pereira. "Temos um PED [Processo de Eleições Democráticas] pela frente, que não pode ser comandado pela atual direção. Como tocar o PED e se defender ao mesmo tempo?", questionou Pinheiro.
Apesar das denúncias contra integrantes da Executiva e da crise política para o governo, a esquerda rejeita a idéia de antecipar o PED. "Seria pior. Não teríamos tempo de fazer campanha."
O PED escolherá a nova Executiva Nacional do PT, em eleições diretas entre os seus mais de 800 mil filiados em setembro deste ano. Apesar do desgaste provocado pelas denúncias, a esquerda do partido acredita que Genoino ainda tem chances de se reeleger. "Ele conta com a estrutura partidária. A candidatura de Raul Pont [RS] está crescendo, mas o quadro é indefinido", avaliou o deputado.
Para a esquerda petista, o partido agora tem que atuar em duas frentes: um combate eficaz à corrupção e a adoção de ações programáticas petistas. Walter Pinheiro afirma que não é o momento de falar em punições, ou até mesmo em cassação de mandatos.
"Este não é o momento de bravatas. É extremamente prematuro falar de cassações de mandato, seja de quem seja", avaliou o deputado, se referindo à pressão da oposição pela abertura de processo de cassação do mandato do ex-ministro-chefe da Casa Civil, deputado José Dirceu (PT-SP). "Depois de todas estas denúncias, temos que acirrar os termos da apuração e permitir que cada um se defenda."
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