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06/07/2005
-
15h55
da Folha Online
O publicitário Marcos Valério de Souza afirmou nesta quarta-feira que seus contratos de publicidade com o ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo não contém irregularidades. A ligação entre Valério e Azeredo foi objeto de uma reportagem da revista "Veja", onde se afirma que os dois são réus de um processo por improbidade administrativa.
Azeredo foi governador de Minas entre os anos de 1995 e 1998 e, atualmente, é presidente nacional do PSDB. A ligação entre Valério e a legenda tucana foi também mencionada pela ex-secretária Fernanda Karina Somaggio e confirmada pela agência do atual governador Aécio Neves, que recebeu o publicitário em audiência na sede do governo.
O Ministério Público de Minas Gerais afirma que agência de publicidade SMPB, de Valério, ganhou sem licitação uma campanha de R$ 3 milhões, paga por duas empresas administrativas, utilizado para a campanha institucional do evento esportivo "Enduro da Independência", em 1998.
"Para eventos, como o de motocross, não houve licitação. Tinha venda de cotas. Isso vem desde o governador Hélio Garcia (1991-1994)", disse ele. Em resposta a um questionado do deputado Jamil Murad (PC do B-SP), Valério disse que apoiou o governador Aécio Neves em 1998 e votou nos candidatos Ciro Gomes (primeiro turno) e Luiz Inácio Lula da Silva (segundo turno) nas eleições para presidente.
As relações com o governo mineiro foi alvo de questionamentos em pelo menos duas vezes durante a CPI dos Correios e provocou um rápido conflito nos trabalhos da comissão, quando alguns parlamentares protestaram contra o retorno do assunto.
Valério, até o momento, mostra bastante controle em seu depoimento, apesar de alguns deputados serem bastante duros em suas intervenções. O deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS) chegou a nomeá-lo como "o dono da maior lavanderia [de dinheiro] que o país já conheceu". Após ser questionado novamente sobre suas relações com estatais, Valério desabafou: "Minha filha, não assuma a empresa do seu pai. Não trabalhe com o governo". O publicitário tem uma filha de 13 e um filho de 4 anos.
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Valério rejeita irregularidades em contratos com governo mineiro
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O publicitário Marcos Valério de Souza afirmou nesta quarta-feira que seus contratos de publicidade com o ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo não contém irregularidades. A ligação entre Valério e Azeredo foi objeto de uma reportagem da revista "Veja", onde se afirma que os dois são réus de um processo por improbidade administrativa.
Azeredo foi governador de Minas entre os anos de 1995 e 1998 e, atualmente, é presidente nacional do PSDB. A ligação entre Valério e a legenda tucana foi também mencionada pela ex-secretária Fernanda Karina Somaggio e confirmada pela agência do atual governador Aécio Neves, que recebeu o publicitário em audiência na sede do governo.
Lula Marques/Folha Imagem |
Marcos Valério, em depoimento à CPI |
"Para eventos, como o de motocross, não houve licitação. Tinha venda de cotas. Isso vem desde o governador Hélio Garcia (1991-1994)", disse ele. Em resposta a um questionado do deputado Jamil Murad (PC do B-SP), Valério disse que apoiou o governador Aécio Neves em 1998 e votou nos candidatos Ciro Gomes (primeiro turno) e Luiz Inácio Lula da Silva (segundo turno) nas eleições para presidente.
As relações com o governo mineiro foi alvo de questionamentos em pelo menos duas vezes durante a CPI dos Correios e provocou um rápido conflito nos trabalhos da comissão, quando alguns parlamentares protestaram contra o retorno do assunto.
Valério, até o momento, mostra bastante controle em seu depoimento, apesar de alguns deputados serem bastante duros em suas intervenções. O deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS) chegou a nomeá-lo como "o dono da maior lavanderia [de dinheiro] que o país já conheceu". Após ser questionado novamente sobre suas relações com estatais, Valério desabafou: "Minha filha, não assuma a empresa do seu pai. Não trabalhe com o governo". O publicitário tem uma filha de 13 e um filho de 4 anos.
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