Publicidade
Publicidade
07/07/2005
-
23h14
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
O depoimento à CPI Mista dos Correios de Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária de Marcos Valério na empresa de publicidade SMPB, teve maior credibilidade que o depoimento de seu ex-chefe, conforme avaliação do presidente da comissão, senador Delcidio Amaral (PT-MS), e do relator, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).
Valério falou por aproximadamente 13h; Karina, por 5h. Mas na avaliação dos integrantes da CPI, a ex-secretária demonstrou ser mais crível. "A versão mais verossímil é dela porque ele [Marcos Valério] não foi pleno", afirmou Serraglio.
Como exemplo para embasar sua avaliação, o relator cita que Valério, em seu depoimento à CPI, remeteu aos dados da contabilidade da empresa várias respostas que o empresário, como diretor financeiro da SMPB, de acordo com o deputado, deveria conhecer.
Além disso, Fernanda Karina confirmou hoje que fez uma ligação para um doleiro a pedido do empresário. De acordo com ela, Valério teria importado três cavalos e não teria dólares para pagar a aquisição. A declaração contradiz o empresário, que havia afirmado à CPI que nunca teve contato com doleiros.
Diante disso, o presidente da CPI sugere uma acareação entre os Karina e Valério, mas o relator discorda da funcionalidade do confronto entre os dois. "Não sei se seria eficiente uma acareação com alguém que pode se calar", afirmou Serraglio, ao lembrar que o depoente dispunha de um habeas corpus que permitia que o empresário se recusasse a responder questões que lhe fossem feitas.
Hoje, o presidente da CPI deve formalizar os depoimentos do secretário-geral afastado do PT, Sílvio Pereira, e do tesoureiro do partido, também licenciado do cargo, Delúbio Soares. O primeiro deverá ser ouvido no próximo dia 19. No dia seguinte, Delúbio deporia.
Sílvio Pereira é citado como o responsável pela partilha de cargos de segundo e terceiro escalões. O ex-tesoureiro do PT é amigo de Valério e apontado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como o articulador do "mensalão".
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Marcos Valério
Leia a cobertura completa sobre a CPI dos Correios
Fernanda Karina convenceu mais que Valério, avaliam Serraglio e Delcídio
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
O depoimento à CPI Mista dos Correios de Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária de Marcos Valério na empresa de publicidade SMPB, teve maior credibilidade que o depoimento de seu ex-chefe, conforme avaliação do presidente da comissão, senador Delcidio Amaral (PT-MS), e do relator, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).
Valério falou por aproximadamente 13h; Karina, por 5h. Mas na avaliação dos integrantes da CPI, a ex-secretária demonstrou ser mais crível. "A versão mais verossímil é dela porque ele [Marcos Valério] não foi pleno", afirmou Serraglio.
Como exemplo para embasar sua avaliação, o relator cita que Valério, em seu depoimento à CPI, remeteu aos dados da contabilidade da empresa várias respostas que o empresário, como diretor financeiro da SMPB, de acordo com o deputado, deveria conhecer.
Além disso, Fernanda Karina confirmou hoje que fez uma ligação para um doleiro a pedido do empresário. De acordo com ela, Valério teria importado três cavalos e não teria dólares para pagar a aquisição. A declaração contradiz o empresário, que havia afirmado à CPI que nunca teve contato com doleiros.
Diante disso, o presidente da CPI sugere uma acareação entre os Karina e Valério, mas o relator discorda da funcionalidade do confronto entre os dois. "Não sei se seria eficiente uma acareação com alguém que pode se calar", afirmou Serraglio, ao lembrar que o depoente dispunha de um habeas corpus que permitia que o empresário se recusasse a responder questões que lhe fossem feitas.
Hoje, o presidente da CPI deve formalizar os depoimentos do secretário-geral afastado do PT, Sílvio Pereira, e do tesoureiro do partido, também licenciado do cargo, Delúbio Soares. O primeiro deverá ser ouvido no próximo dia 19. No dia seguinte, Delúbio deporia.
Sílvio Pereira é citado como o responsável pela partilha de cargos de segundo e terceiro escalões. O ex-tesoureiro do PT é amigo de Valério e apontado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como o articulador do "mensalão".
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice