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08/07/2005
-
13h19
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
O relator da CPI mista dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR), afirmou hoje já ver ligações entre os recursos sacados das contas do empresário Marcos Valério e interesses políticos.
"Estou acreditando que recursos através do Marcos Valério foram carreados para interesses políticos. Não posso definir se for em qual direção", afirmou. "O entrelaçamento entre um fornecedor que movimentava fortunas com cúpulas partidárias, isso está mais que evidente", completou Serraglio.
A avaliação prévia do deputado foi feita depois do depoimento de Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária do empresário. Na avaliação do relator, o depoimento dela, que durou mais de cinco horas, foi revelador.
As declarações de Fernanda ganharam ainda mais força hoje, quando o PT admitiu que firmou um novo empréstimo --de R$ 3 milhões no Banco Rural-- tendo como avalista Valério. O partido já havia assumido um primeiro contrato de R$ 2,4 milhões no BMG (Banco de Minas Gerais) com a assinatura do empresário.Valério, no entanto, negava que havia uma nova operação de crédito com o seu nome.
"Ele mentiu. Não tem nem o que falar. Eu questionei e ele disse que era o único contrato. Isso, quando nós terminarmos a investigação, vai para a Justiça. A Justiça vai punir isso", declarou Serraglio. "Há algo de podre no Reino da Dinamarca. É muito complicado o que está no histórico desse Marcos Valério", avaliou.
Na próxima semana, a CPI ouvirá três ex-diretores dos Correios: Antônio Osório Batista (Administração), Maurício Madureira (Operações) e Eduardo Medeiros (Tecnologia). Outros dois ex-presidentes da estatal deverão depor, além do presidente da Skymaster, Luiz Otávio Gonçalves, empresa apontada pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como beneficiária de licitações irregulares na estatal.
Na outra semana, o secretário-geral afastado do PT, Sílvio Pereira, e o tesoureiro do partido, também licenciado do cargo, Delúbio Soares, serão inquiridos na comissão parlamentar de inquérito. Os dois já ofereceram seus dados bancários, fiscais e telefônicos para a análise da CPI.
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"Estou acreditando que recursos através do Marcos Valério foram carreados para interesses políticos. Não posso definir se for em qual direção", afirmou. "O entrelaçamento entre um fornecedor que movimentava fortunas com cúpulas partidárias, isso está mais que evidente", completou Serraglio.
A avaliação prévia do deputado foi feita depois do depoimento de Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária do empresário. Na avaliação do relator, o depoimento dela, que durou mais de cinco horas, foi revelador.
As declarações de Fernanda ganharam ainda mais força hoje, quando o PT admitiu que firmou um novo empréstimo --de R$ 3 milhões no Banco Rural-- tendo como avalista Valério. O partido já havia assumido um primeiro contrato de R$ 2,4 milhões no BMG (Banco de Minas Gerais) com a assinatura do empresário.Valério, no entanto, negava que havia uma nova operação de crédito com o seu nome.
"Ele mentiu. Não tem nem o que falar. Eu questionei e ele disse que era o único contrato. Isso, quando nós terminarmos a investigação, vai para a Justiça. A Justiça vai punir isso", declarou Serraglio. "Há algo de podre no Reino da Dinamarca. É muito complicado o que está no histórico desse Marcos Valério", avaliou.
Na próxima semana, a CPI ouvirá três ex-diretores dos Correios: Antônio Osório Batista (Administração), Maurício Madureira (Operações) e Eduardo Medeiros (Tecnologia). Outros dois ex-presidentes da estatal deverão depor, além do presidente da Skymaster, Luiz Otávio Gonçalves, empresa apontada pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como beneficiária de licitações irregulares na estatal.
Na outra semana, o secretário-geral afastado do PT, Sílvio Pereira, e o tesoureiro do partido, também licenciado do cargo, Delúbio Soares, serão inquiridos na comissão parlamentar de inquérito. Os dois já ofereceram seus dados bancários, fiscais e telefônicos para a análise da CPI.
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