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08/07/2005
-
15h02
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) defendeu nesta sexta-feira, em discurso no plenário do Senado, a unificação de todas as CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) que investigam as denúncias de corrupção no governo. Segundo Simon, o mais lógico a se fazer no momento era fundir todos os trabalhos em uma CPI, a ser chamada de CPI mista da corrupção.
Atualmente o Congresso conta com a CPI mista dos Correios, a CPI mista do "mensalão" (esquema de pagamento de mesada a deputados da base aliada) e a CPI dos Bingos, exclusiva do Senado, que investiga suposto esquema de cobrança de propina feita por integrantes do governo aos donos de casas de jogos.
Discursando para um plenário vazio, Simon lembrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já determinou que tudo deve ser apurado, "doa a quem doer". Por essa razão, considera errada a tática do PT na CPI dos Correios. "O PT surpreende a sociedade porque sempre esteve ao lado justamente de trabalhadores como a secretária Fernanda e, hoje, na CPI, parece defender o empresário suspeito."
O congressista gaúcho não poupou críticas ao comportamento dos integrantes da bancada petista na CPI, que na última quinta-feira trataram a secretária Fernanda Karina Somaggio como ré, e não como testemunha. Fernanda Karina trabalhou durante nove meses para o publicitário Marcos Valério de Souza, apontado como operador financeiro do "mensalão".
Valério também foi avalista de empréstimos do PT, no Banco Rural e BMG. "A secretária foi tratada como ré, quando é uma testemunha que traz informações importantes para que se possa desvendar um grande esquema de corrupção. Além disso, tudo o que ela vem denunciando está sendo comprovado", afirmou Simon.
O senador questionou ainda a aproximação de Lula com setores do PMDB que, na sua opinião, estão apenas em busca de cargos no governo. "Não é dessa forma que Lula vai conseguir vencer a crise atual", afirmou, manifestando preocupação com o futuro: "Se Lula não der certo e o povo perder a esperança, o Brasil estará sujeito a algum aventureiro ou fanático religioso que se apresentará como o salvador da pátria".
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Leia o que já foi publicado sobre as CPIs
Simon sugere unificação das investigações e criação de CPI única
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da Folha Online, em Brasília
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) defendeu nesta sexta-feira, em discurso no plenário do Senado, a unificação de todas as CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) que investigam as denúncias de corrupção no governo. Segundo Simon, o mais lógico a se fazer no momento era fundir todos os trabalhos em uma CPI, a ser chamada de CPI mista da corrupção.
Atualmente o Congresso conta com a CPI mista dos Correios, a CPI mista do "mensalão" (esquema de pagamento de mesada a deputados da base aliada) e a CPI dos Bingos, exclusiva do Senado, que investiga suposto esquema de cobrança de propina feita por integrantes do governo aos donos de casas de jogos.
Discursando para um plenário vazio, Simon lembrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já determinou que tudo deve ser apurado, "doa a quem doer". Por essa razão, considera errada a tática do PT na CPI dos Correios. "O PT surpreende a sociedade porque sempre esteve ao lado justamente de trabalhadores como a secretária Fernanda e, hoje, na CPI, parece defender o empresário suspeito."
O congressista gaúcho não poupou críticas ao comportamento dos integrantes da bancada petista na CPI, que na última quinta-feira trataram a secretária Fernanda Karina Somaggio como ré, e não como testemunha. Fernanda Karina trabalhou durante nove meses para o publicitário Marcos Valério de Souza, apontado como operador financeiro do "mensalão".
Valério também foi avalista de empréstimos do PT, no Banco Rural e BMG. "A secretária foi tratada como ré, quando é uma testemunha que traz informações importantes para que se possa desvendar um grande esquema de corrupção. Além disso, tudo o que ela vem denunciando está sendo comprovado", afirmou Simon.
O senador questionou ainda a aproximação de Lula com setores do PMDB que, na sua opinião, estão apenas em busca de cargos no governo. "Não é dessa forma que Lula vai conseguir vencer a crise atual", afirmou, manifestando preocupação com o futuro: "Se Lula não der certo e o povo perder a esperança, o Brasil estará sujeito a algum aventureiro ou fanático religioso que se apresentará como o salvador da pátria".
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