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11/07/2005
-
14h20
da Folha Online
A Polícia Federal realizou duas apreensões de malas de dinheiro em três dias. Na sexta-feira, os policiais detiveram no aeroporto de Congonhas o assessor parlamentar José Adalberto Vieira da Silva, 39, com R$ 200 mil em uma valise e US$ 100 mil presos ao corpo, na cueca. Hoje, a PF apreendeu sete malas de dinheiro, com ao menos R$ 6 milhões, com o deputado João Batista (PFL-SP), no aeroporto de Brasília.
Adalberto --que foi exonerado do cargo-- trabalhava para o deputado estadual cearense José Nobre Guimarães (PT), irmão do presidente do PT, José Genoino, e membro do Diretório Nacional do partido.
Segundo a PF, os R$ 200 mil na maleta de Adalberto foram flagrados pelo aparelho de raios X do aeroporto. Adalberto explicou que os R$ 200 mil eram pagamento de verduras que havia vendido na Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo), porque era agricultor. No entanto, sobre a origem dos dólares afirmou que só falaria em juízo.
Já o dinheiro encontrado com o deputado João Batista estava distribuído em notas de R$ 5, R$ 10, R$ 20, R$ 100 e principalmente de R$ 50. A PF ainda não sabe o que fazer com o deputado. Por ter foro parlamentar, João Batista, 61, que é economista e técnico em contabilidade, só poderia ser preso por crime inafiançável.
Segundo a Polícia Federal, ainda não está configurado crime, mas o deputado precisa comprovar a origem do dinheiro. De acordo com informações preliminares da PF, o deputado teria dito que os recursos eram da Igreja Universal.
Junto com João Batista, que é bispo, mais seis pessoas --nenhuma delas parlamentar-- foram detidas e prestam depoimento.
"Mensalão"
As apreensões ocorrem em meio à crise do "mensalão", suposto esquema denunciado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) que envolveria transporte de dinheiro em malas para a compra de deputados.
Conforme os normativos do Banco Central, para circular com dólares dentro do país, a pessoa que transporta dinheiro tem de comprovar, com exibição de documentos, que os comprou de uma instituição autorizada.
Quanto aos reais, não há restrições, mas é incomum o transporte em espécie nesse volume. De qualquer maneira, não se configura crime o fato de carregar altas somas da moeda brasileira dentro do país.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre malas de dinheiro
PF realiza duas apreensões de malas com dinheiro em três dias
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A Polícia Federal realizou duas apreensões de malas de dinheiro em três dias. Na sexta-feira, os policiais detiveram no aeroporto de Congonhas o assessor parlamentar José Adalberto Vieira da Silva, 39, com R$ 200 mil em uma valise e US$ 100 mil presos ao corpo, na cueca. Hoje, a PF apreendeu sete malas de dinheiro, com ao menos R$ 6 milhões, com o deputado João Batista (PFL-SP), no aeroporto de Brasília.
Adalberto --que foi exonerado do cargo-- trabalhava para o deputado estadual cearense José Nobre Guimarães (PT), irmão do presidente do PT, José Genoino, e membro do Diretório Nacional do partido.
Segundo a PF, os R$ 200 mil na maleta de Adalberto foram flagrados pelo aparelho de raios X do aeroporto. Adalberto explicou que os R$ 200 mil eram pagamento de verduras que havia vendido na Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais do Estado de São Paulo), porque era agricultor. No entanto, sobre a origem dos dólares afirmou que só falaria em juízo.
Já o dinheiro encontrado com o deputado João Batista estava distribuído em notas de R$ 5, R$ 10, R$ 20, R$ 100 e principalmente de R$ 50. A PF ainda não sabe o que fazer com o deputado. Por ter foro parlamentar, João Batista, 61, que é economista e técnico em contabilidade, só poderia ser preso por crime inafiançável.
Segundo a Polícia Federal, ainda não está configurado crime, mas o deputado precisa comprovar a origem do dinheiro. De acordo com informações preliminares da PF, o deputado teria dito que os recursos eram da Igreja Universal.
Junto com João Batista, que é bispo, mais seis pessoas --nenhuma delas parlamentar-- foram detidas e prestam depoimento.
"Mensalão"
As apreensões ocorrem em meio à crise do "mensalão", suposto esquema denunciado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) que envolveria transporte de dinheiro em malas para a compra de deputados.
Conforme os normativos do Banco Central, para circular com dólares dentro do país, a pessoa que transporta dinheiro tem de comprovar, com exibição de documentos, que os comprou de uma instituição autorizada.
Quanto aos reais, não há restrições, mas é incomum o transporte em espécie nesse volume. De qualquer maneira, não se configura crime o fato de carregar altas somas da moeda brasileira dentro do país.
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