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11/07/2005
-
21h55
MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Campinas
A Prefeitura de Indaiatuba (SP) anunciou ontem que errou ao divulgar dados da alíquota do ISS (Imposto Sobre Serviços) da Globalprev Consultores Associados, que pertence a dois ex-sócios do ministro Luiz Gushiken (Comunicação e Gestão Estratégica). As informações divulgadas anteriormente indicavam que o faturamento da empresa tinha aumentando 596% de 2002 para 2003. O crescimento correto é de 63%.
A prefeitura havia divulgado que a alíquota para esse tipo de empresa era de 2% ao mês, mas o correto é de 0,5% ao mês. Com isso, o faturamento da empresa não foi de R$ 151 mil em 2002, e sim de R$ 645 mil.
O cálculo do faturamento foi feito com base no pagamento da empresa à prefeitura.
A empresa dos ex-sócios de Gushiken, portanto, apresentou em 2003 --primeiro ano de governo Lula-- faturamento 63% maior do que o de 2002.
A Globalprev tem sede em Indaiatuba, numa casa que pertence à mulher de Gushiken, Elizabeth Leonel Ferreira, e diz pagar R$ 1.479,68 de aluguel.
Gushiken desligou-se da empresa em outubro de 2002, conforme registro na Junta Comercial do Estado de São Paulo.
De acordo com a prefeitura, a alíquota de imposto para empresas que prestam serviços de assessoria e similares baixou de 2% para 0,5%, em 2002, em razão de uma reforma tributária realizada pela administração passada.
No entanto, a alíquota voltou ao patamar de 2% em 2003, após a publicação de uma lei federal que estabelecia esse índice.
A prefeitura também iniciou ontem uma triagem em sua base de dados para tentar localizar dados referentes ao pagamento de impostos de 2001 da Globalprev. A empresa disse que em 2001 faturou R$ 738,5 mil, mas a prefeitura não localizou os pagamentos da empresa naquele ano.
De acordo com nota divulgada pela Globalprev, o histórico de "faturamento [da empresa] é totalmente compatível com o estágio de desenvolvimento de uma empresa de porte e do tempo de existência da Globalprev".
Ministro
A Globalprev se chamava Gushiken & Associados até a saída do ministro de seus quadros, no fim de 2002. Ela presta presta serviços de assessoria atuarial (de cálculo do valor dos seguros) e é especializada na preparação de planos de aposentadoria alternativos que desobriguem estatais de pagar salários da ativa a aposentados.
Em 1999, ano em que foi criada, a Globalprev faturou R$ 48,5 mil. Naquele ano, no entanto, a empresa só registrou faturamentos a partir de agosto.
Em 2000, a empresa faturou R$ 442 mil. No ano seguinte, a empresa alega ter faturado R$ 738,5 mil. Na base de dados da prefeitura de 2001 não consta movimentação. A divergência está sob averiguação interna.
Enquanto em 2002 a empresa faturou R$ 645 mil, em 2003 o valor arrecadado pela empresa foi de R$ 1,051 milhão.
Foi em 2004 que a empresa teve o seu maior rendimento: R$ 1,96 milhão. Para 2005, a expectativa da empresa era fechar o ano com faturamento entre R$ 2,1 milhões e R$ 2,2 milhões, segundo o sócio da empresa Wanderley José de Freitas. Até maio deste ano, a Globalprev faturou R$ 968,7 mil.
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Erramos: "Prefeitura diz que errou ao divulgar dados da Globalprev"
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Leia o que já foi publicado sobre a Globalprev
Prefeitura diz que errou ao divulgar dados da Globalprev
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da Agência Folha, em Campinas
A Prefeitura de Indaiatuba (SP) anunciou ontem que errou ao divulgar dados da alíquota do ISS (Imposto Sobre Serviços) da Globalprev Consultores Associados, que pertence a dois ex-sócios do ministro Luiz Gushiken (Comunicação e Gestão Estratégica). As informações divulgadas anteriormente indicavam que o faturamento da empresa tinha aumentando 596% de 2002 para 2003. O crescimento correto é de 63%.
A prefeitura havia divulgado que a alíquota para esse tipo de empresa era de 2% ao mês, mas o correto é de 0,5% ao mês. Com isso, o faturamento da empresa não foi de R$ 151 mil em 2002, e sim de R$ 645 mil.
O cálculo do faturamento foi feito com base no pagamento da empresa à prefeitura.
A empresa dos ex-sócios de Gushiken, portanto, apresentou em 2003 --primeiro ano de governo Lula-- faturamento 63% maior do que o de 2002.
A Globalprev tem sede em Indaiatuba, numa casa que pertence à mulher de Gushiken, Elizabeth Leonel Ferreira, e diz pagar R$ 1.479,68 de aluguel.
Gushiken desligou-se da empresa em outubro de 2002, conforme registro na Junta Comercial do Estado de São Paulo.
De acordo com a prefeitura, a alíquota de imposto para empresas que prestam serviços de assessoria e similares baixou de 2% para 0,5%, em 2002, em razão de uma reforma tributária realizada pela administração passada.
No entanto, a alíquota voltou ao patamar de 2% em 2003, após a publicação de uma lei federal que estabelecia esse índice.
A prefeitura também iniciou ontem uma triagem em sua base de dados para tentar localizar dados referentes ao pagamento de impostos de 2001 da Globalprev. A empresa disse que em 2001 faturou R$ 738,5 mil, mas a prefeitura não localizou os pagamentos da empresa naquele ano.
De acordo com nota divulgada pela Globalprev, o histórico de "faturamento [da empresa] é totalmente compatível com o estágio de desenvolvimento de uma empresa de porte e do tempo de existência da Globalprev".
Ministro
A Globalprev se chamava Gushiken & Associados até a saída do ministro de seus quadros, no fim de 2002. Ela presta presta serviços de assessoria atuarial (de cálculo do valor dos seguros) e é especializada na preparação de planos de aposentadoria alternativos que desobriguem estatais de pagar salários da ativa a aposentados.
Em 1999, ano em que foi criada, a Globalprev faturou R$ 48,5 mil. Naquele ano, no entanto, a empresa só registrou faturamentos a partir de agosto.
Em 2000, a empresa faturou R$ 442 mil. No ano seguinte, a empresa alega ter faturado R$ 738,5 mil. Na base de dados da prefeitura de 2001 não consta movimentação. A divergência está sob averiguação interna.
Enquanto em 2002 a empresa faturou R$ 645 mil, em 2003 o valor arrecadado pela empresa foi de R$ 1,051 milhão.
Foi em 2004 que a empresa teve o seu maior rendimento: R$ 1,96 milhão. Para 2005, a expectativa da empresa era fechar o ano com faturamento entre R$ 2,1 milhões e R$ 2,2 milhões, segundo o sócio da empresa Wanderley José de Freitas. Até maio deste ano, a Globalprev faturou R$ 968,7 mil.
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