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12/07/2005
-
09h26
ELIANE CANTANHÊDE
VERA MAGALHÃES
EDUARDO SCOLESE
ANA FLOR
da Folha de S.Paulo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou ontem o ministro da Educação, Tarso Genro, a convidar seu secretário-executivo, Fernando Haddad, para assumir a pasta a partir do dia 27. Já a saída do ministro-chefe da Secom (Secretaria de Comunicação de Governo), Luiz Gushiken, voltou a ser analisada, após de Lula dizer, na sexta-feira, que ele ficaria.
Depois de várias conversas ao longo do dia, Lula bateu o martelo sobre algumas mudanças no primeiro escalão e deve realizar hoje pela manhã reunião ministerial, ainda que os anúncios oficiais fiquem para a semana que vem.
No quebra-cabeça da reforma, Jaques Wagner vai assumir a Coordenação Política, à qual será incorporado o Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, já comandado por ele. Luiz Dulci permanece na Secretaria-Geral da Presidência.
O presidente tendia ontem a adotar a sugestão de fundir os ministérios de Cidades e de Integração Nacional, sob o comando de Ciro Gomes. O titular da pasta das Cidades, Olívio Dutra, pode deixar o governo.
Resta decidir ainda o destino de Aldo Rebelo, que deixará a Coordenação Política. Após de ser vetado no Ministério do Trabalho pelas centrais sindicais, Aldo pode ir para o Ministério da Defesa ou voltar para a Câmara.
Lula avaliava ontem nomear Joaquim Levy, atual secretário do Tesouro Nacional, para o Ministério da Previdência, assumindo assim a vaga de Romero Jucá (PMDB), que deixa o cargo em função de denúncias --embora a justificativa oficial seja de que é pré-candidato ao governo de Roraima. Levy tem o respaldo de Antonio Palocci Filho (Fazenda).
Por fim, havia uma dúvida sobre a ida do PP para o primeiro escalão. A reunião de Lula com o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), prevista para ontem, não ocorreu.
A Folha apurou que Lula ficou novamente contrariado com a pressão do partido para ficar com o Ministério das Cidades. O presidente atribui a isso as declarações do líder do partido, José Janene (PP-PR), que disse considerar que não era um "bom momento" para o PP integrar o governo.
A declaração fez com que Lula passasse a reconsiderar a idéia de fazer um convite ao PP. Com isso, ganhou força a tese da fusão de Cidades com Integração.
Isso deverá se somar ao anúncio de corte significativo de cargos comissionados na administração.
Ontem, Lula se reuniu pela manhã com Tarso Genro. O ministro, que acaba de assumir interinamente a presidência do PT, sugeriu o nome de Haddad para substituí-lo. Lula autorizou Tarso a fazer o convite. Haddad aceitou o convite, embora ontem ainda evitasse falar a respeito.
A Secretaria da Pesca deve ser extinta. A demanda de aquicultura e pesca ficaria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário.
As mudanças na direção de algumas estatais também seguiam em negociação ontem. O ex-deputado peemedebista Aloísio Vasconcelos disse ter aceitado o convite para assumir a presidência da Eletrobrás, por indicação conjunta de Renan Calheiros (AL) e José Sarney (AP).
Já para o lugar de José Eduardo Dutra no comando da Petrobras continuava o impasse entre o presidente da BR Distribuidora, Rodolfo Landim, defendido pelos senadores petistas Aloizio Mercadante (SP) e Delcídio Amaral (MS), e o atual diretor financeiro José Sérgio Gabrielli, preferido pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).
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VERA MAGALHÃES
EDUARDO SCOLESE
ANA FLOR
da Folha de S.Paulo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou ontem o ministro da Educação, Tarso Genro, a convidar seu secretário-executivo, Fernando Haddad, para assumir a pasta a partir do dia 27. Já a saída do ministro-chefe da Secom (Secretaria de Comunicação de Governo), Luiz Gushiken, voltou a ser analisada, após de Lula dizer, na sexta-feira, que ele ficaria.
Depois de várias conversas ao longo do dia, Lula bateu o martelo sobre algumas mudanças no primeiro escalão e deve realizar hoje pela manhã reunião ministerial, ainda que os anúncios oficiais fiquem para a semana que vem.
No quebra-cabeça da reforma, Jaques Wagner vai assumir a Coordenação Política, à qual será incorporado o Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, já comandado por ele. Luiz Dulci permanece na Secretaria-Geral da Presidência.
O presidente tendia ontem a adotar a sugestão de fundir os ministérios de Cidades e de Integração Nacional, sob o comando de Ciro Gomes. O titular da pasta das Cidades, Olívio Dutra, pode deixar o governo.
Resta decidir ainda o destino de Aldo Rebelo, que deixará a Coordenação Política. Após de ser vetado no Ministério do Trabalho pelas centrais sindicais, Aldo pode ir para o Ministério da Defesa ou voltar para a Câmara.
Lula avaliava ontem nomear Joaquim Levy, atual secretário do Tesouro Nacional, para o Ministério da Previdência, assumindo assim a vaga de Romero Jucá (PMDB), que deixa o cargo em função de denúncias --embora a justificativa oficial seja de que é pré-candidato ao governo de Roraima. Levy tem o respaldo de Antonio Palocci Filho (Fazenda).
Por fim, havia uma dúvida sobre a ida do PP para o primeiro escalão. A reunião de Lula com o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), prevista para ontem, não ocorreu.
A Folha apurou que Lula ficou novamente contrariado com a pressão do partido para ficar com o Ministério das Cidades. O presidente atribui a isso as declarações do líder do partido, José Janene (PP-PR), que disse considerar que não era um "bom momento" para o PP integrar o governo.
A declaração fez com que Lula passasse a reconsiderar a idéia de fazer um convite ao PP. Com isso, ganhou força a tese da fusão de Cidades com Integração.
Isso deverá se somar ao anúncio de corte significativo de cargos comissionados na administração.
Ontem, Lula se reuniu pela manhã com Tarso Genro. O ministro, que acaba de assumir interinamente a presidência do PT, sugeriu o nome de Haddad para substituí-lo. Lula autorizou Tarso a fazer o convite. Haddad aceitou o convite, embora ontem ainda evitasse falar a respeito.
A Secretaria da Pesca deve ser extinta. A demanda de aquicultura e pesca ficaria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário.
As mudanças na direção de algumas estatais também seguiam em negociação ontem. O ex-deputado peemedebista Aloísio Vasconcelos disse ter aceitado o convite para assumir a presidência da Eletrobrás, por indicação conjunta de Renan Calheiros (AL) e José Sarney (AP).
Já para o lugar de José Eduardo Dutra no comando da Petrobras continuava o impasse entre o presidente da BR Distribuidora, Rodolfo Landim, defendido pelos senadores petistas Aloizio Mercadante (SP) e Delcídio Amaral (MS), e o atual diretor financeiro José Sérgio Gabrielli, preferido pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).
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