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13/07/2005 - 14h17

Waldomiro pediu dinheiro para 2 campanhas ao mesmo tempo, diz Cachoeira

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

O empresário do setor de jogos, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, afirmou nesta quarta-feira, durante depoimento na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Bingos, que o ex-assessor da Casa Civil da presidência de República, Waldomiro Diniz, pediu propina para financiar as campanhas ao governo do Rio tanto para a atual governadora Rosinha Matheus, como para a sua adversária na época, a ex-governadora Benedita da Silva.

"Ele veio e pediu dinheiro para financiar a campanha da governadora do Rio e eu duvido que o dinheiro iria para a mão dela e também para a candidata na época, Benedita da Silva. É mentira que Waldomiro tenha me pedido dinheiro para financiar a campanha de Geraldo Magela (candidato petista ao governo do Distrito Federal, em 2002)", afirmou.

Alan Marques/FI
O empresário Carlinhos Cachoeiro depõe na CPI.
O empresário Carlinhos Cachoeiro depõe na CPI.
Carlinhos Cachoeira disse que sentia "medo de Waldomiro Diniz, porque ele era um homem poderoso. Ele pulou de um governo para outro, isto demonstrava o seu poder." Cachoeira reafirmou que só gravou o diálogo com Diniz, onde o ex-assessor petista tenta lhe cobrar propina para mudar uma licitação nas loterias do Rio de Janeiro, para proteção pessoal.

Gravação

"Ninguém grava o próprio crime. Quando eu gravei o Waldomiro, ele estava me pressionando para ganhar propina. O edital a que ele se referia não precisava de mudança. Eu já sabia quem iria ganhar, Era a empresa Ebara. E depois que eu me recusei a pagar a propina e a ajudar nas campanhas das duas candidatas, o edital foi para a rua e a Ebara venceu", explicou Carlinhos Cachoeira.

De acordo com o empresário, ele intermediou o encontro entre Waldomiro Diniz e os empresários donos da Getec, empresa responsável pelos contratos de Loteria com a Caixa Econômica Federal na época.

"Só participei de uma reunião, em fevereiro de 2003 e depois nunca mais. Naquela época, a Getec reclamava da dificuldade de renovar o contrato com a CEF para 12 meses. Pouco tempo depois fui informado da renovação por 25 meses. Achei estranho, procurei o jornalista Mino Pedrosa e ele me acompanhou ao Ministério Público, onde o procurador José Roberto Santoro recebeu a minha denúncia. Quando eu disse que tinha uma fita gravada com o Waldomiro me pedindo propina, o procurador avisou que não podia tomar oficialmente meu depoimento e falou que era para eu arrumar mais provas", afirmou Cachoeira.

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