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13/07/2005
-
15h16
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O empresário do setor de jogos, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, afirmou nesta quarta-feira, durante depoimento na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Bingos, que o ex-assessor da Casa Civil da presidência de República, Waldomiro Diniz, agia por conta própria e que não acredita na participação de pessoas do governo, a exemplo do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu.
"Ele nunca falou em nome do José Dirceu, nunca se gabou de ser assessor de Dirceu. Eu nunca tive qualquer relacionamento com o ex-ministro. Por sinal, nunca falei com o José Dirceu", disse Cachoeira.
Em agosto de 2004, Waldomiro Diniz, um dos principais assessores do então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, pediu demissão após a divulgação de uma fita, datada de 2002, em que aparece numa negociação de propina com Cachoeira, que foi identificado como o autor da gravação.
O empresário disse que "em todos os encontros, em todas as conversas comigo, no final, era pedida propina. O Waldomiro dizia: 'quero 1% do contrato bruto'. Ele sempre pedia dinheiro para campanha [eleitoral]. Hoje, tenho certeza de que esse dinheiro ficava com ele", afirmou.
Cachoeira disse que Waldomiro é uma pessoa "dissimulada, contra a qual todo mundo tem que se proteger. Sempre procurei gravar para me defender."
O empresário ainda afirmou que o Waldomiro nunca falou com ele sobre a proposta de alteração da legislação dos jogos de azar, que visava legalizar a atividade e os bingos no Brasil.
Blindagem
As declarações de Cachoeira foram consideradas pelo senador Leonel Pavan (PSDB-SC) como uma tentativa de blindar o governo, principalmente o ex-ministro José Dirceu.
"O depoimento dele faz uma blindagem do governo. Joga tudo para cima do Waldomiro. Quem vai dizer se o dinheiro chegava ou não às mãos do PT ou de algum candidato é o Waldomiro, não o senhor Carlinhos Cachoeira", afirmou o senador. Pavan afirmou que vai entregar ainda hoje um requerimento para uma acareação entre Cachoeira e o ex-assessor.
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Cachoeira nega envolvimento de Dirceu em caso Waldomiro Diniz
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da Folha Online, em Brasília
O empresário do setor de jogos, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, afirmou nesta quarta-feira, durante depoimento na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Bingos, que o ex-assessor da Casa Civil da presidência de República, Waldomiro Diniz, agia por conta própria e que não acredita na participação de pessoas do governo, a exemplo do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu.
"Ele nunca falou em nome do José Dirceu, nunca se gabou de ser assessor de Dirceu. Eu nunca tive qualquer relacionamento com o ex-ministro. Por sinal, nunca falei com o José Dirceu", disse Cachoeira.
Alan Marques/FI |
O empresário Carlinhos Cachoeiro depõe na CPI. |
O empresário disse que "em todos os encontros, em todas as conversas comigo, no final, era pedida propina. O Waldomiro dizia: 'quero 1% do contrato bruto'. Ele sempre pedia dinheiro para campanha [eleitoral]. Hoje, tenho certeza de que esse dinheiro ficava com ele", afirmou.
Cachoeira disse que Waldomiro é uma pessoa "dissimulada, contra a qual todo mundo tem que se proteger. Sempre procurei gravar para me defender."
O empresário ainda afirmou que o Waldomiro nunca falou com ele sobre a proposta de alteração da legislação dos jogos de azar, que visava legalizar a atividade e os bingos no Brasil.
Blindagem
As declarações de Cachoeira foram consideradas pelo senador Leonel Pavan (PSDB-SC) como uma tentativa de blindar o governo, principalmente o ex-ministro José Dirceu.
"O depoimento dele faz uma blindagem do governo. Joga tudo para cima do Waldomiro. Quem vai dizer se o dinheiro chegava ou não às mãos do PT ou de algum candidato é o Waldomiro, não o senhor Carlinhos Cachoeira", afirmou o senador. Pavan afirmou que vai entregar ainda hoje um requerimento para uma acareação entre Cachoeira e o ex-assessor.
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