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15/07/2005
-
09h23
PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
Luiz Eduardo Ferreira da Silva, 40, morador da cidade fluminense de São Gonçalo e mensageiro da Conservadora Itatuité Ltda., empresa que trabalha para a Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, aparece como um dos sacadores de dinheiro, em 15 de janeiro de 2004, na conta da DNA Propaganda, uma das agências de Marcos Valério Fernandes de Souza, o publicitário mineiro acusado de ser o "operador" da suposta mesada paga pelo PT.
Silva teria sacado R$ 326.660,67 em dinheiro vivo em uma agência do Banco Rural. São esses os dados que constam no relatório do Coaf (Conselho de Controles de Atividades Financeiras), órgão do Ministério da Fazenda que registrou os saques das agências de Valério de julho de 2003 a maio deste ano.
No relatório do Coaf, o nome de Silva aparece com o número do CPF 905.015.437-91. Pelo site da Receita Federal na internet, na checagem do "Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral no CPF, o número do documento apresenta "situação cadastral regular" e confere com o nome listado pelo relatório. O CPF em questão foi registrado no Estado do Rio de Janeiro.
Silva é um dos 13 nomes que aparecem no relatório do Coaf entre os diversos sacadores dos R$ 20,9 milhões em dinheiro vivo nas contas da DNA e da SMPB Comunicação, outra agência em que Valério é sócio, no Rural e no Banco do Brasil. Das contas da DNA no período analisado pelo Coaf foram sacados R$ 4.525.330,00. Das contas da SMPB saíram em espécie R$ 16.873.234,21.
A lista traz mais uma série de nomes encobertos por tarjas pretas. A explicação do Coaf é que não eram alvo de pedidos de quebras de sigilos.
O mensageiro, que nega ter feito o saque (leia texto nesta página), aparece entre os sacadores da conta da DNA no Rural. Nessa conta Valério é citado no relatório como o maior sacador individual em espécie. O sócio da agência de publicidade mineira sacou R$ 1.555.523,77. Outros dois funcionários da DNA Propaganda aparecem em seguida como os maiores sacadores: Paulino Alves Ribeiro Júnior, diretor financeiro, e Júlio César Marques Cassão, que trabalha no setor administrativo da empresa e reside no bairro Laranjeiras, na periferia de Belo Horizonte. Cada um deles sacou R$ 800 mil, de acordo com o relatório do Coaf.
A DNA informou na semana passada que os funcionários não iriam dar entrevistas. Valério, procurado, também não se pronunciou.
Morto
Conforme divulgou a Folha no último domingo, Jonas de Pinho Júnior, que se apresenta em Belo Horizonte como publicitário e diretor de TV, teria sido o responsável pelo saque de R$ 152.653,00 no dia 16 de julho de 2003. Só que, no relatório do Coaf, aparece o nome de Jonas de Pinho, pai de Pinho Jr. que morreu mais de três anos antes de o saque ocorrer. Ele teria usado o CPF e o nome do pai para fazer o saque.
O advogado de Valério, Marcelo Leonardo, confirmou ontem, por meio da assessoria do publicitário, que o seu cliente não pode responder por quem sacou os cheques emitidos pelas agências. Leonardo disse que o cheque foi repassado para Pinho Júnior como pagamento por "prestação de serviços". O que aconteceu depois, disse, o seu cliente e as agências não têm responsabilidade.
Pinho Jr. tinha uma agência, a Ilha 3 Cinema e Vídeo Ltda., que já foi fechada. Na semana passada, sua mulher, Ailza Rosa, disse que ele estava em Nova York e que voltaria anteontem. Ontem, nem ele nem a mulher foram localizados.
Especial
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Auxiliar da Previ está entre sacadores da DNA
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da Agência Folha, em Belo Horizonte
Luiz Eduardo Ferreira da Silva, 40, morador da cidade fluminense de São Gonçalo e mensageiro da Conservadora Itatuité Ltda., empresa que trabalha para a Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, aparece como um dos sacadores de dinheiro, em 15 de janeiro de 2004, na conta da DNA Propaganda, uma das agências de Marcos Valério Fernandes de Souza, o publicitário mineiro acusado de ser o "operador" da suposta mesada paga pelo PT.
Silva teria sacado R$ 326.660,67 em dinheiro vivo em uma agência do Banco Rural. São esses os dados que constam no relatório do Coaf (Conselho de Controles de Atividades Financeiras), órgão do Ministério da Fazenda que registrou os saques das agências de Valério de julho de 2003 a maio deste ano.
No relatório do Coaf, o nome de Silva aparece com o número do CPF 905.015.437-91. Pelo site da Receita Federal na internet, na checagem do "Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral no CPF, o número do documento apresenta "situação cadastral regular" e confere com o nome listado pelo relatório. O CPF em questão foi registrado no Estado do Rio de Janeiro.
Silva é um dos 13 nomes que aparecem no relatório do Coaf entre os diversos sacadores dos R$ 20,9 milhões em dinheiro vivo nas contas da DNA e da SMPB Comunicação, outra agência em que Valério é sócio, no Rural e no Banco do Brasil. Das contas da DNA no período analisado pelo Coaf foram sacados R$ 4.525.330,00. Das contas da SMPB saíram em espécie R$ 16.873.234,21.
A lista traz mais uma série de nomes encobertos por tarjas pretas. A explicação do Coaf é que não eram alvo de pedidos de quebras de sigilos.
O mensageiro, que nega ter feito o saque (leia texto nesta página), aparece entre os sacadores da conta da DNA no Rural. Nessa conta Valério é citado no relatório como o maior sacador individual em espécie. O sócio da agência de publicidade mineira sacou R$ 1.555.523,77. Outros dois funcionários da DNA Propaganda aparecem em seguida como os maiores sacadores: Paulino Alves Ribeiro Júnior, diretor financeiro, e Júlio César Marques Cassão, que trabalha no setor administrativo da empresa e reside no bairro Laranjeiras, na periferia de Belo Horizonte. Cada um deles sacou R$ 800 mil, de acordo com o relatório do Coaf.
A DNA informou na semana passada que os funcionários não iriam dar entrevistas. Valério, procurado, também não se pronunciou.
Morto
Conforme divulgou a Folha no último domingo, Jonas de Pinho Júnior, que se apresenta em Belo Horizonte como publicitário e diretor de TV, teria sido o responsável pelo saque de R$ 152.653,00 no dia 16 de julho de 2003. Só que, no relatório do Coaf, aparece o nome de Jonas de Pinho, pai de Pinho Jr. que morreu mais de três anos antes de o saque ocorrer. Ele teria usado o CPF e o nome do pai para fazer o saque.
O advogado de Valério, Marcelo Leonardo, confirmou ontem, por meio da assessoria do publicitário, que o seu cliente não pode responder por quem sacou os cheques emitidos pelas agências. Leonardo disse que o cheque foi repassado para Pinho Júnior como pagamento por "prestação de serviços". O que aconteceu depois, disse, o seu cliente e as agências não têm responsabilidade.
Pinho Jr. tinha uma agência, a Ilha 3 Cinema e Vídeo Ltda., que já foi fechada. Na semana passada, sua mulher, Ailza Rosa, disse que ele estava em Nova York e que voltaria anteontem. Ontem, nem ele nem a mulher foram localizados.
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