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19/07/2005
-
16h57
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
A Executiva do PT não aprovou a suspensão por 60 dias do ex-tesoureiro Delúbio Soares, um dos responsáveis pelo empréstimo feito com o aval do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como um dos operadores do "mensalão".
A proposta de suspensão foi apresentada por integrantes da esquerda do partido e necessitava do apoio de dois terços dos membros da comissão. Dos 18 integrantes presentes, sete votaram a favor da suspensão e 11 votaram contra.
Em nota, a executiva afirma que a proposta levava em conta a entrevista concedida por Delúbio à TV Globo, no último sábado, em que ex-tesoureiro deu a entender que falava em nome do PT.
Dívidas
O deputado Ivan Valente (PT-SP) afirmou nesta terça-feira que a dívida oficial do PT, sem contabilizar os juros, é de R$ 39 milhões, quase o dobro dos R$ 20,4 milhões anunciados anteriormente pelo secretário de finanças, deputado José Pimentel (PT-CE). Valente também sugeriu que a Executiva Nacional está tentando separar o que é "dívida legal" do que é "dívida pessoal" --sob a responsabilidade de Delúbio-- das contas do partido.
"Foi verificada preliminarmente a dívida de R$ 39 milhões. Essa é a dívida oficial sobre os dados que vão aparecer sobre fornecedores, empresas aéreas, dívidas de campanha [sem os empréstimos declarados por Valério]. Os juros não foram contabilizados nesse processo."
Valente, que é da ala esquerda do partido, disse ainda que a direção estuda a suspensão de Delúbio por 60 dias, prazo final dos trabalhos da Comissão de Ética da sigla.
Segundo o deputado, a executiva discute uma forma de enfrentar o problema da dívida em um prazo de 18 meses com a geração de economia de R$ 1 milhão por mês. De acordo com ele, o partido estuda o enxugamento de pessoal, o corte de gastos e até o fechamento da sede de Brasília.
Outro ponto polêmico abordado por Valente no exame das contas do partido foi a questão das diferentes faixas salariais entre os dirigentes. Segundo o relato de Valente, Delúbio e Silvio ganhariam R$ 11 mil cada um enquanto os demais dirigentes, com a mesma carga de trabalho, ganhariam em torno de R$ 7 mil e R$ 8 mil. O salário do ex-presidente do PT José Genoino, por exemplo, era de R$ 8 mil.
Empréstimos
Em relação aos empréstimos avalizados por Marcos Valério nos bancos Rural e BMG, Valente afirmou que o assunto ainda não foi discutido.
"Nós entendemos, pela nossa parte, que isso não é dívida do Partido dos Trabalhadores e não foi contraída em nome do Partido dos Trabalhadores." Ainda sobre o assunto, Valente mencionou a "perplexidade de vários dirigentes, inclusive do campo majoritário, que não sabiam dos empréstimos falados pelo tesoureiro do PT no sábado à noite".
Ele reafirmou que a esquerda do PT não considera os empréstimos como dívida do partido.
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Leia o que já foi publicado sobre a Executiva do PT
Executiva do PT reprova pedido de suspensão de Delúbio Soares
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A Executiva do PT não aprovou a suspensão por 60 dias do ex-tesoureiro Delúbio Soares, um dos responsáveis pelo empréstimo feito com o aval do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como um dos operadores do "mensalão".
A proposta de suspensão foi apresentada por integrantes da esquerda do partido e necessitava do apoio de dois terços dos membros da comissão. Dos 18 integrantes presentes, sete votaram a favor da suspensão e 11 votaram contra.
Fernando Donasci/FI |
Delúbio, ex-tesoureiro do PT |
Dívidas
O deputado Ivan Valente (PT-SP) afirmou nesta terça-feira que a dívida oficial do PT, sem contabilizar os juros, é de R$ 39 milhões, quase o dobro dos R$ 20,4 milhões anunciados anteriormente pelo secretário de finanças, deputado José Pimentel (PT-CE). Valente também sugeriu que a Executiva Nacional está tentando separar o que é "dívida legal" do que é "dívida pessoal" --sob a responsabilidade de Delúbio-- das contas do partido.
"Foi verificada preliminarmente a dívida de R$ 39 milhões. Essa é a dívida oficial sobre os dados que vão aparecer sobre fornecedores, empresas aéreas, dívidas de campanha [sem os empréstimos declarados por Valério]. Os juros não foram contabilizados nesse processo."
Valente, que é da ala esquerda do partido, disse ainda que a direção estuda a suspensão de Delúbio por 60 dias, prazo final dos trabalhos da Comissão de Ética da sigla.
Segundo o deputado, a executiva discute uma forma de enfrentar o problema da dívida em um prazo de 18 meses com a geração de economia de R$ 1 milhão por mês. De acordo com ele, o partido estuda o enxugamento de pessoal, o corte de gastos e até o fechamento da sede de Brasília.
Outro ponto polêmico abordado por Valente no exame das contas do partido foi a questão das diferentes faixas salariais entre os dirigentes. Segundo o relato de Valente, Delúbio e Silvio ganhariam R$ 11 mil cada um enquanto os demais dirigentes, com a mesma carga de trabalho, ganhariam em torno de R$ 7 mil e R$ 8 mil. O salário do ex-presidente do PT José Genoino, por exemplo, era de R$ 8 mil.
Empréstimos
Em relação aos empréstimos avalizados por Marcos Valério nos bancos Rural e BMG, Valente afirmou que o assunto ainda não foi discutido.
"Nós entendemos, pela nossa parte, que isso não é dívida do Partido dos Trabalhadores e não foi contraída em nome do Partido dos Trabalhadores." Ainda sobre o assunto, Valente mencionou a "perplexidade de vários dirigentes, inclusive do campo majoritário, que não sabiam dos empréstimos falados pelo tesoureiro do PT no sábado à noite".
Ele reafirmou que a esquerda do PT não considera os empréstimos como dívida do partido.
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