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21/07/2005
-
09h01
HUDSON CORRÊA
LUIZ FRANCISCO
GILMAR PENTEADO
da Folha de S.Paulo
Sócia do publicitário Duda Mendonça, Zilmar Fernandes da Silveira aparece como sacadora de R$ 250 mil na conta da SMPB, agência da qual é sócio o publicitário Marcos Valério de Souza, apontado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como operador do suposto "mensalão".
Em nota, Silveira disse ontem que a empresa CEP (Comunicação e Estratégia Política), da qual é sócia, recebeu R$ 500 mil do PT como pagamento por serviços.
Em depoimento à Procuradoria Geral da República, Valério admitiu ter repassado dinheiro para o caixa dois do PT. Como publicitário, Duda é ligado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para quem fez campanha em 2002 e a quem orienta com freqüência. Ele tem contratos com a Secretaria de Comunicação de Governo, o Ministério da Saúde e a Petrobras. O slogan "Brasil, um país de todos" é criação de Duda.
Lista
A CPI dos Correios tinha, até ontem, uma lista com os nomes de 48 sacadores de dinheiro nas contas da SMPB e da DNA Propaganda, outra agência que tem Marcos Valério como sócio.
Segundo a versão do publicitário, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares indicou as pessoas que fizeram os saques nas contas das empresas. Zilmar Silveira tem bom relacionamento com Delúbio, segundo a Folha apurou.
Os saques listados pela CPI, com exceção de um realizado em abril passado, ocorreram no Banco Rural no período de fevereiro de 2003 a setembro de 2004. Somam R$ 20,894 milhões na SMPB e R$ 4,45 milhões na DNA.
Além da sócia de Duda, estão entre os sacadores na lista da CPI o ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas (R$ 1,35 milhão) e João Cláudio de Carvalho Genu (R$ 1,15 milhão), chefe-de-gabinete do líder do PP na Câmara, José Janene.
Roberto Jefferson afirma que, a mando do PT, Valério pagava "mensalão" a deputados do PL e PP em troca de apoio. Na versão do publicitário, o dinheiro foi para pagar campanhas eleitorais.
Os deputados Carlos Rodrigues (PL-RJ) e Josias Gomes (PT-BA) aparecem como sacadores de R$ 100 mil e R$ 150 mil, respectivamente. Os principais sacadores mineiros são o policial civil David Rodrigues Alves (R$ 4,9 milhões em saques) e a funcionária da SMPB Simone Vasconcelos (R$ 6,14 milhões).
A lista inclui Anita Leocádia, funcionária do líder do PT na Câmara, deputado Paulo Rocha (PA), com saques de R$ 470 mil. A relação mostra também que Jair dos Santos, que foi motorista de José Carlos Martinez, ex-presidente do PTB [já morto], sacou R$ 300 mil em setembro de 2003.
Outro lado
O publicitário Duda Mendonça e sua sócia Zilmar Fernandes não responderam às ligações da Folha para falar sobre o saque de R$ 250 mil do Banco Rural em abril de 2003, na conta da SMPB.
A Folha foi à empresa Duda Mendonça & Associados, em Brasília, mas recebeu a informação de que Zilmar havia viajado a São Paulo. A reportagem deixou recado com a secretária e telefonou às 19h novamente, mas não conseguiu falar com a publicitária. Por telefone, a secretária disse ter passado o recado a Zilmar.
Para a agência de Duda em São Paulo, a reportagem telefonou três vezes e deixou recado. A Folha também ligou três vezes para a secretária de Duda em Salvador (BA).
A reportagem informou que se tratava do saque de Zilmar e pediu ao menos uma nota oficial com a posição do publicitário, mas a secretária deixou o escritório sem telefonar de volta, embora tivesse afirmado que Duda entraria em contato.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Duda Mendonça
Leia o que já foi publicado sobre Marcos Valério
Leia a cobertura completa sobre o "mensalão"
Sócia de Duda Mendonça sacou R$ 250 mil da SMPB
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LUIZ FRANCISCO
GILMAR PENTEADO
da Folha de S.Paulo
Sócia do publicitário Duda Mendonça, Zilmar Fernandes da Silveira aparece como sacadora de R$ 250 mil na conta da SMPB, agência da qual é sócio o publicitário Marcos Valério de Souza, apontado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como operador do suposto "mensalão".
Em nota, Silveira disse ontem que a empresa CEP (Comunicação e Estratégia Política), da qual é sócia, recebeu R$ 500 mil do PT como pagamento por serviços.
Em depoimento à Procuradoria Geral da República, Valério admitiu ter repassado dinheiro para o caixa dois do PT. Como publicitário, Duda é ligado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para quem fez campanha em 2002 e a quem orienta com freqüência. Ele tem contratos com a Secretaria de Comunicação de Governo, o Ministério da Saúde e a Petrobras. O slogan "Brasil, um país de todos" é criação de Duda.
Lista
A CPI dos Correios tinha, até ontem, uma lista com os nomes de 48 sacadores de dinheiro nas contas da SMPB e da DNA Propaganda, outra agência que tem Marcos Valério como sócio.
Segundo a versão do publicitário, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares indicou as pessoas que fizeram os saques nas contas das empresas. Zilmar Silveira tem bom relacionamento com Delúbio, segundo a Folha apurou.
Os saques listados pela CPI, com exceção de um realizado em abril passado, ocorreram no Banco Rural no período de fevereiro de 2003 a setembro de 2004. Somam R$ 20,894 milhões na SMPB e R$ 4,45 milhões na DNA.
Além da sócia de Duda, estão entre os sacadores na lista da CPI o ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas (R$ 1,35 milhão) e João Cláudio de Carvalho Genu (R$ 1,15 milhão), chefe-de-gabinete do líder do PP na Câmara, José Janene.
Roberto Jefferson afirma que, a mando do PT, Valério pagava "mensalão" a deputados do PL e PP em troca de apoio. Na versão do publicitário, o dinheiro foi para pagar campanhas eleitorais.
Os deputados Carlos Rodrigues (PL-RJ) e Josias Gomes (PT-BA) aparecem como sacadores de R$ 100 mil e R$ 150 mil, respectivamente. Os principais sacadores mineiros são o policial civil David Rodrigues Alves (R$ 4,9 milhões em saques) e a funcionária da SMPB Simone Vasconcelos (R$ 6,14 milhões).
A lista inclui Anita Leocádia, funcionária do líder do PT na Câmara, deputado Paulo Rocha (PA), com saques de R$ 470 mil. A relação mostra também que Jair dos Santos, que foi motorista de José Carlos Martinez, ex-presidente do PTB [já morto], sacou R$ 300 mil em setembro de 2003.
Outro lado
O publicitário Duda Mendonça e sua sócia Zilmar Fernandes não responderam às ligações da Folha para falar sobre o saque de R$ 250 mil do Banco Rural em abril de 2003, na conta da SMPB.
A Folha foi à empresa Duda Mendonça & Associados, em Brasília, mas recebeu a informação de que Zilmar havia viajado a São Paulo. A reportagem deixou recado com a secretária e telefonou às 19h novamente, mas não conseguiu falar com a publicitária. Por telefone, a secretária disse ter passado o recado a Zilmar.
Para a agência de Duda em São Paulo, a reportagem telefonou três vezes e deixou recado. A Folha também ligou três vezes para a secretária de Duda em Salvador (BA).
A reportagem informou que se tratava do saque de Zilmar e pediu ao menos uma nota oficial com a posição do publicitário, mas a secretária deixou o escritório sem telefonar de volta, embora tivesse afirmado que Duda entraria em contato.
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