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21/07/2005 - 17h30

Crise não ameaça mandato do presidente Lula, afirma Severino

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PATRÍCIA ZIMMERMANN
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília

A recente crise política não coloca em risco o mandato do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na avaliação feita hoje pelo presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE).

"Não vejo razão nenhuma para risco [de perda de mandato]. A coisa está situada em determinados setores, e nós vamos punir todos os culpados", disse Cavalcanti ao ser questionado sobre a possibilidade de impeachment do presidente Lula diante das denúncias de corrupção e de pagamento de mesada a parlamentares.

"Não iremos botar [passar] a mão em cima de qualquer um que tenha culpa", completou o presidente da Câmara.

Questionado se o seu partido também lançaria mão de "caixa 2" nas campanhas eleitorais, Severino esquivou-se e recomendou que a pergunta fosse feita ao líder do partido, deputado José Janene.

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, também tentou afastar a crise política atual do governo e de Lula. "A CPI está instalada, e tem o poder de investigar. É preciso acabar com a fase de espetáculo", disse o ministro ao reafirmar a orientação do presidente Lula para continuar trabalhando e mostrar que o governo não parou.

Ministério

Vitorioso na indicação do novo ministro das Cidades, Márcio Fortes (PP-RJ), o presidente da Câmara preferiu a modéstia para falar sobre o assunto. "O presidente [Lula] não fez minha vontade, mas procurou o que tinha de melhor dentro do perfil técnico", disse.

A substituição do ministro Olívio Dutra por Márcio Fortes no Ministério das Cidades, no entanto, desagradou ao ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto. "Lamento profundamente a saída do companheiro Olívio [Dutra], um dos melhores quadros do PT. O governo perde representatividade política, fica menor", resumiu.

A nomeação de Fortes agrada ao PP, mas não pode ser considerada uma indicação da bancada do partido na Câmara. Segundo Severino, a ocupação de um dos mais importantes ministérios da Esplanada não vai garantir 100% de apoio no Congresso.

Ele estimou que entre 43 e 45 deputados continuarão dando apoio e sustentação ao governo. "Não vamos fazer milagre, mas continuaremos dando sustentação", disse.

Especial
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