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Delator de esquema no DF deve depor à CPI na Câmara do DF até fim do mês
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MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília
O depoimento de Durval Barbosa, delator do esquema de corrupção que envolve o governador cassado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido), à CPI da Corrupção na Câmara Legislativa deve ocorrer até o fim do mês.
Integrantes da CPI estiveram reunidos nesta quarta-feira com o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa, e receberam o compromisso de que a oitiva será realizada o mais breve possível.
A advogada de Durval, Margareth de Almeida, afirmou à Folha Online que a participação do delator só será analisada após a CPI oficializar a convocação --o que deve acontecer na tarde de hoje. "Ainda não tratei esse assunto com ele. Vamos aguardar a convocação", disse.
A interlocutores, Durval afirmou que não tem interesse em depor na CPI e que sua prioridade é ajudar a Justiça a esclarecer o esquema de arrecadação e pagamento de propina. Mesmo sendo convocado, ele pode se reservar ao direito de ficar calado e até mesmo conseguir na Justiça o direito de não prestar esclarecimentos.
A expectativa é de que o depoimento seja realizado na Superintendência da Polícia Federal. Terão acesso deputados distritais, assessores e jornalistas. Essa é a segunda vez que a CPI tenta ouvir Durval. O primeiro depoimento estava previsto para 26 de janeiro, mas foi desmarcado a pedido dele que enviou uma carta à comissão.
Durval argumentou que não teve tempo de estudar o inquérito que investiga o esquema e havia dúvidas se a sua participação não poderia prejudicar o andamento dos 30 processos que correm contra ele na Justiça. Ele denunciou o esquema ao Ministério Público em troca da delação premiada nesses processos.
Segundo a presidente da CPI, deputada Eliana Pedrosa (DEM), a CPI ainda conseguiu autorização para que um delegado auxilie as investigações da comissão. "A CPI tem que somar com as investigações e, por isso, a importância desse delegado para apoiar as nossas ações. A CPI tem que desenvolver bem essa investigação", disse.
Empresários
Na próxima semana, a CPI começa a ouvir cinco empresários que são suspeitos de participação no esquema de corrupção, a maioria do setor de informática.
De acordo com o plano de trabalho, que foi aprovado na segunda-feira pela CPI, as investigações da comissão devem terminar no dia 18 de junho. Portanto, serão três meses para investigar 18 anos de contrato do GDF (Governo do Distrito Federal) que estão sob suspeita.
"A CPI é extremamente ampla, mas vamos tratar de todos os assuntos inquérito 650 [do STJ, Superior Tribunal de Justiça, que investiga o esquema de propina], mas sem prejuízo par as demais investigações. Vamos tratar de tudo que tiver relação com o desvio de recursos públicos", disse o relator, deputado Paulo Tadeu (PT).
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