28/07/2005 - 06h33

Área social sustenta aprovação ao presidente Lula, diz Datafolha

da Folha Online

As realizações do governo Lula na área social sustentaram uma taxa de aprovação de 35% entre os brasileiros, segundo a pesquisa Datafolha, publicada na edição desta quinta-feira na Folha de S. Paulo. Essa taxa oscilou negativamente um ponto. A margem de erro é de 2 pontos.

As denúncias de corrupção e o índice de desemprego são os principais fatores que minaram a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O percentual dos cidadãos que avaliaram o governo como ruim ou péssimo subiu quatro pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, para 23%. Entre os descontentes, 30% citaram a corrupção e 28% o desemprego como fator negativo.

Sobre os casos de corrupção, brasileiros mencionaram principalmente os casos que envolvem a administração federal (18% das respostas) e os negócios ilícitos envolvendo o PT (8%) além de destacar uma suposta omissão do presidente (5%).

O instituto fez 2.110 entrevistas com brasileiros de todo o país no último dia 21. Os resultados possuem margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Mais pobres citam desemprego

Entre as razões para reprovação do governo, o desemprego é mais citado pelos brasileiros com renda até cinco salários mínimos (33% das respostas desse grupo) em comparação com o grupo dos cidadãos com renda acima de 10 salários mínimos (5% das respostas).

A corrupção como motivo de reprovação apresenta peso semelhante nos dois grupos: 28% no primeiro e 30% no segundo.

A sensibilidade dos brasileiros às denúncias oscila com mais força conforme a região dos entrevistados. Na região Sul, uma parcela de 35% dos cidadãos ouvidos cita esse motivo contra 24% dos entrevistas da região Nordeste.

Programas sociais

Os entrevistados que consideram o governo ótimo ou bom --por causa de investimentos sociais-- mencionaram principalmente os programas Fome Zero (15% das respostas), o Bolsa Família (12%) e o Bolsa Escola (8%).

A aprovação ao governo Lula também varia conforme a região onde mora o entrevistado. A menção ao Fome Zero é maior na região Nordeste (20%) do que no Sudeste (9%). A geração de emprego foi mais citada nas regiões Sul e Sudeste.

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