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29/07/2005
-
21h29
PAULO PEIXOTO
THIAGO GUIMARÃES
JOSÉ MASCHIO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
A SMPB Comunicação e a DNA Propaganda, as duas maiores agências de publicidade de Minas Gerais, já começaram a se movimentar no sentido de reduzir o quadro de funcionários. A SMPB informou que no início da próxima semana vai cortar cerca de 35% dos seus funcionários, nos escritórios de Belo Horizonte e Brasília.
As duas agências foram atingidas em cheio pelas denúncias do suposto pagamento de mesadas a deputados pelo PT, que teria como operador o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, sócio nas duas agências. Além do "mensalão", apareceram no curso das investigações supostas irregularidades eleitorais envolvendo as agências.
O resultado disso é que tanto a SMPB quanto a DNA estão enfrentando suspensões e rompimentos de contratos, tanto no setor público quanto de empresas privadas. Apenas com o setor público, dos cerca de R$ 230 milhões que elas administraram no ano passado, restam agora cerca de R$ 19 milhões.
Esses valores representam o valor bruto que os clientes públicos depositam para as agências. Deles saem os pagamentos para os veículos de comunicação e fornecedores. As agências são remuneradas com um percentual de até 15% desse valor.
A SMPB tem 94 funcionários, sendo 67 em Belo Horizonte e 27 em Brasília. A assessoria da agência informou que o corte deve ocorrer na segunda ou na terça. Pode ser um pouco inferior ou um pouco superior a 35%. Vários aspectos terão que ser levados em consideração, segundo a SMPB.
A assessoria da DNA informou que o escritório da agência em Brasília será praticamente desativado. Lá trabalham 35 pessoas. Cerca de cinco devem ser mantidas. "O escritório está sendo desativado em função da perda de contas que eram atendidas por aquela unidade", disse a empresa.
A DNA informou ainda que alguns clientes privados também já deixaram a agência, mas não informou os nomes alegando ter um "termo de confidencialidade" assinado com eles.
Na sede da DNA na capital mineira, o destino dos 76 funcionários ainda não está definido. A agência vai levar mais algum tempo para decidir como será feita a reestruturação.
Também a MultiAction, empresa de eventos criada pelos sócios das duas agências, está se reestruturando. Cerca de dez dos 35 funcionários estão cumprindo aviso. O principal motivo é que a Fiat Automóveis, que demandava grande volume de serviços, deixou a empresa em função da crise.
Especial
Leia a cobertura completa sobre a CPI dos Correios
Agências de Valério começam a demitir funcionários
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THIAGO GUIMARÃES
JOSÉ MASCHIO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
A SMPB Comunicação e a DNA Propaganda, as duas maiores agências de publicidade de Minas Gerais, já começaram a se movimentar no sentido de reduzir o quadro de funcionários. A SMPB informou que no início da próxima semana vai cortar cerca de 35% dos seus funcionários, nos escritórios de Belo Horizonte e Brasília.
As duas agências foram atingidas em cheio pelas denúncias do suposto pagamento de mesadas a deputados pelo PT, que teria como operador o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, sócio nas duas agências. Além do "mensalão", apareceram no curso das investigações supostas irregularidades eleitorais envolvendo as agências.
O resultado disso é que tanto a SMPB quanto a DNA estão enfrentando suspensões e rompimentos de contratos, tanto no setor público quanto de empresas privadas. Apenas com o setor público, dos cerca de R$ 230 milhões que elas administraram no ano passado, restam agora cerca de R$ 19 milhões.
Esses valores representam o valor bruto que os clientes públicos depositam para as agências. Deles saem os pagamentos para os veículos de comunicação e fornecedores. As agências são remuneradas com um percentual de até 15% desse valor.
A SMPB tem 94 funcionários, sendo 67 em Belo Horizonte e 27 em Brasília. A assessoria da agência informou que o corte deve ocorrer na segunda ou na terça. Pode ser um pouco inferior ou um pouco superior a 35%. Vários aspectos terão que ser levados em consideração, segundo a SMPB.
A assessoria da DNA informou que o escritório da agência em Brasília será praticamente desativado. Lá trabalham 35 pessoas. Cerca de cinco devem ser mantidas. "O escritório está sendo desativado em função da perda de contas que eram atendidas por aquela unidade", disse a empresa.
A DNA informou ainda que alguns clientes privados também já deixaram a agência, mas não informou os nomes alegando ter um "termo de confidencialidade" assinado com eles.
Na sede da DNA na capital mineira, o destino dos 76 funcionários ainda não está definido. A agência vai levar mais algum tempo para decidir como será feita a reestruturação.
Também a MultiAction, empresa de eventos criada pelos sócios das duas agências, está se reestruturando. Cerca de dez dos 35 funcionários estão cumprindo aviso. O principal motivo é que a Fiat Automóveis, que demandava grande volume de serviços, deixou a empresa em função da crise.
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