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02/08/2005 - 21h11

Lista de Valério indica que Adauto recebeu R$ 1 mi

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PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

Prefeito de Uberaba e ex-ministro dos Transportes do governo Lula (de janeiro de 2003 a abril do ano passado), Anderson Adauto não respondeu às várias solicitações da Folha para que ele falasse sobre os saques de R$ 1 milhão nas contas da SMPB Comunicação, de acordo com a lista apresentada pelo publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza à Polícia Federal.

O ex-ministro já havia dado duas versões sobre o caso, mas, diante da nova revelação, se calou. Primeiro, em 16 de junho, negou que o seu irmão Edson Pereira de Almeida tivesse ido à sede da SMPB pegar R$ 100 mil, conforme afirmara Fernanda Karina Somaggio, a ex-secretária de Valério que, recentemente, foi interpelada por Adauto na Justiça.

Há 14 dias, quando surgiu em uma lista de sacadores o nome de José Luiz Alves, secretário de Governo da Prefeitura de Uberaba, como tendo feito duas retiradas que somavam R$ 150 mil, Adauto admitiu que Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, o ajudou a pagar uma dívida de campanha.

"Encerrei 2002, quando me elegi deputado federal, com uma dívida de campanha. Então, pedi ajuda para o Delúbio Soares e ele me ajudou. Não sei precisar a quantia, mas foi entre R$ 100 mil e R$ 150 mil", disse.

Mas na lista apresentada por Valério, são 12 saques de R$ 50 mil e quatro de R$ 100 mil autorizados para José Luiz Alves. A lista traz ainda como contato com a SMPB para essas retiradas o nome de Edson Pereira de Almeida, irmão de Adauto.

Os 16 saques ocorreram entre maio de 2003 e janeiro de 2004, período em que Adauto era ministro do governo Lula.

Ao longo do dia de ontem, o celular do prefeito de Uberaba não foi atendido. Solicitada, a Folha encaminhou à sua assessoria todas as datas dos saques e foi informada que Adauto falaria, apesar das várias reuniões. Mas não houve resposta.

Quando falou pela segunda vez e admitiu os saques entre R$ 100 mil e R$ 150 mil, Adauto disse que não via "nenhuma irregularidade em ser ajudado para pagar dívidas de campanha".

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