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03/08/2005 - 13h04

Ministério Público investiga empresa de Valério desde 2003

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ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília

O Coaf (Conselho de Controle de AtividadesFinanceiras) enviou para o Ministério Público de São Paulo, em outubro de 2003, a relação dos saques acima de R$ 100 mil efetuados por empresas do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza no Banco Rural. Segundo o presidente do conselho, Antônio Gustavo Rodrigues, isso ocorreu porque o MP investigava a atuação da SMPB, uma das agências de Valério.

Ele ressaltou que a instituição bancária comunicou todas as movimentações acima do limite feitas a partir de julho de 2003 --quando a informação passou a ser exigida.

"Eu não fiscalizo o banco. O que eu poso dizer é que do ponto de vista da comunicação do saque, eles cumpriram", disse.

No entanto, Rodrigues disse que o Coaf nunca recebeu do Banco Rural um comunicado de movimentação atípica --incompatível com o rendimento do titular da conta ou ligação com paraíso fiscal, por exemplo. Esse tipo de movimentação pode indicar uma operação de lavagem de dinheiro. "O sistema financeiro é que tem a obrigação de conhecer o cliente."

Sobre a movimentação de altas quantias de dinheiro em espécie, o presidente do Coaf explicou que é preciso entender como funciona cada setor da economia para ver se há indícios de irregularidade ou não. Por exemplo, ele lembrou do caso de empresas e construção civil, que costumam efetuar saques elevador para depois realizar o pagamento dos trabalhadores das obras.

No caso dos saques das agências de Valério, ele disse que não dá para afirmar de que havia indícios claros de irregularidade. "Será que estava tão óbvio assim?", questionou.

Ele lembrou que hoje há várias possibilidades de uma empresa ou pessoa fazer "lavagem" de dinheiro, mas que o Coaf trabalha para reduzir essas tentativas e conscientizar o sistema financeiro de que isso preciso ser evitado.

Ressaltou, entretanto, que o conselho trabalha com um número reduzido de funcionários --apenas 31-- e que embora tenha sido criado em 1998, apenas em 2001 é que passou a receber informações de outros órgãos, como o Banco Central. "É um órgão que está se desenvolvendo. E eu diria, felizmente, com bons princípios."

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