Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
04/08/2005 - 21h36

Adauto indicou sacador do PMDB e nega ter recebido R$ 1 mi

Publicidade

da Agência Folha
da Folha de S.Paulo

Na lista dos beneficiados com o dinheiro saído da SMPB Comunicação apresentada por Marcos Valério de Souza, o sacador Armando Costa, segundo tesoureiro do PMDB-MG, recebeu R$ 30 mil por indicação do ex-ministro Anderson Adauto (PL), atualmente prefeito de Uberaba, que, por sua vez, teria recebido R$ 1 milhão, mas nega.

O nome de Costa aparece na lista separado do nome de José Luiz Alves, assessor de Adauto, que teria sido beneficiado com 16 saques, entre maio de 2003 e janeiro de 2004, totalizando R$ 1 milhão. Nesse período, Adauto era ministro dos Transportes de Lula.

"Eu não confirmo esses valores porque não batem. Quando a questão era política, eu não tinha problema nenhum em admitir. Agora o número não bate e eu passo a ter uma questão jurídica para tratar", afirmou Adauto.

Quando Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária de Valério, disse que Adauto recebeu dinheiro da SMPB, por intermédio de Edson Pereira de Almeida, seu irmão, ele negou e interpelou Karina na Justiça. Depois, com a quebra do sigilo do Banco Rural, ele admitiu ter recebido entre R$ 100 mil e R$ 150 mil.

Agora, o ex-ministro confirma apenas esse valor, que repetiu ter sido uma ajuda que pediu a Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, para pagar dívidas da sua campanha a deputado federal em 2002. Adauto disse que vai exigir que Valério apresente os recibos para comprovar o valor.

Quanto a Armando Costa, o prefeito de Uberaba confirmou que foi procurado pelo tesoureiro do PMDB com pedido de ajuda financeira para realizar eventos do partido pelo interior de Minas. Disse que levou a questão a Delúbio e que este orientou Adauto a dizer a Costa que fosse à SMPB procurar Valério.

Costa disse à Folha que recebeu de Adauto orientação para ir a um endereço. "Quando cheguei lá foi que vi que era a SMPB e reconheci o Marcos Valério. Perguntei a ele o que ele fazia lá e ele me disse que era o diretor. Me lembrei dele como assessor da Assembléia Legislativa no final dos anos 80, quando eu era deputado estadual", disse Costa.

O tesoureiro disse que pediu ajuda financeira para encontros com peemedebistas em várias cidades do interior. O dinheiro serviu para custear gasolina, hotéis e almoços com os políticos.

Adauto disse que o procedimento com Costa foi o mesmo que adotou em relação ao deputado federal Romeu Queiroz (PTB-MG), quando este o procurou pedindo ajuda para o PTB. Falou com Delúbio e, depois disso, Queiroz enviou um assessor à SMPB. Afirmou ter recebido o dinheiro em pacote fechado, que foi entregue a Emerson Palmieri, tesoureiro informal do PTB. Disse não ter contado o dinheiro.

Queiroz teria recebido R$ 350 mil, de acordo com a lista de Valério. Ele admite ter recebido R$ 102 mil de doação da Usiminas, que distribuiu para 20 campanhas municipais.

Especial
  • Leia a cobertura completa sobre o caso do "mensalão"
  • Leia a cobertura completa sobre a CPI dos Correios
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página