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27/09/2000
-
16h05
da Agência Folha
Cerca de 40 agentes da Polícia Federal e do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) continuam sendo mantidos como reféns de índios caiapós na aldeia Puicararanca, no município de São Félix do Xingu, no sul do Pará.
Os índios retiveram os agentes ontem pela manhã durante uma operação de fiscalização de retirada ilegal de mogno na região, segundo o escritório da Funai (Fundação Nacional do Índio) de Redenção (sul do Pará). Segundo as informações disponíveis, os índios ficaram irritados pois os agentes e fiscais chegaram à reserva sem avisar antes.
Ainda hoje deve seguir para a área o administrador da Funai em Redenção, Tokran Caiapó, para negociar a liberação dos reféns.
Há alguns meses, a Polícia Federal vem investigando a venda ilegal de mogno pelos índios a madeireiras da região. No ano passado, lideranças caiapós assinaram um acordo com o ministro José Sarney Filho (Meio Ambiente) prometendo parar com a venda de mogno.
Lideranças importantes dos caiapós, como o administrador da Funai em Colider (MT), Megaron Txucarramãe, admitem o comércio. "Não temos controle sobre esses acordos", disse Megaron à Agência Folha em agosto.
Segundo o procurador da República Felício Pontes Júnior, nem todos os grupos caiapós negociam madeira. A etnia tem 14 subgrupos diferentes.
Esta é a terceira vez este ano que índios caiapós mantêm fazem reféns. Em agosto, 16 pescadores paulistas e paraenses foram retidos às margens do rio Curuá, em Novo Progresso (sul do Pará), e mantidos em cativeiro por uma semana por índios da aldeia Baú.
Os caiapós exigiam a demarcação de 650 mil hectares à esquerda do rio Curuá e só liberaram os reféns depois que o ministro José Gregori (Justiça) mandou um documento garantindo a demarcação.
Em julho, 15 pescadores mineiros foram mantidos presos por seis horas por outro grupo de caiapós na reserva Capote Jarina, no norte do Mato Grosso.
No caso atual, os índios estão em área já demarcada. Cerca de 4.000 caiapós vivem em três reservas demarcadas no sul do Pará e norte do Mato Grosso.
Clique aqui para ler mais sobre política na Folha Online.
Caiapós mantém agentes federais como reféns no Pará
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Cerca de 40 agentes da Polícia Federal e do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) continuam sendo mantidos como reféns de índios caiapós na aldeia Puicararanca, no município de São Félix do Xingu, no sul do Pará.
Os índios retiveram os agentes ontem pela manhã durante uma operação de fiscalização de retirada ilegal de mogno na região, segundo o escritório da Funai (Fundação Nacional do Índio) de Redenção (sul do Pará). Segundo as informações disponíveis, os índios ficaram irritados pois os agentes e fiscais chegaram à reserva sem avisar antes.
Ainda hoje deve seguir para a área o administrador da Funai em Redenção, Tokran Caiapó, para negociar a liberação dos reféns.
Há alguns meses, a Polícia Federal vem investigando a venda ilegal de mogno pelos índios a madeireiras da região. No ano passado, lideranças caiapós assinaram um acordo com o ministro José Sarney Filho (Meio Ambiente) prometendo parar com a venda de mogno.
Lideranças importantes dos caiapós, como o administrador da Funai em Colider (MT), Megaron Txucarramãe, admitem o comércio. "Não temos controle sobre esses acordos", disse Megaron à Agência Folha em agosto.
Segundo o procurador da República Felício Pontes Júnior, nem todos os grupos caiapós negociam madeira. A etnia tem 14 subgrupos diferentes.
Esta é a terceira vez este ano que índios caiapós mantêm fazem reféns. Em agosto, 16 pescadores paulistas e paraenses foram retidos às margens do rio Curuá, em Novo Progresso (sul do Pará), e mantidos em cativeiro por uma semana por índios da aldeia Baú.
Os caiapós exigiam a demarcação de 650 mil hectares à esquerda do rio Curuá e só liberaram os reféns depois que o ministro José Gregori (Justiça) mandou um documento garantindo a demarcação.
Em julho, 15 pescadores mineiros foram mantidos presos por seis horas por outro grupo de caiapós na reserva Capote Jarina, no norte do Mato Grosso.
No caso atual, os índios estão em área já demarcada. Cerca de 4.000 caiapós vivem em três reservas demarcadas no sul do Pará e norte do Mato Grosso.
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