11/08/2005 - 08h11

Oposição reforça o time para depoimento de Waldomiro Diniz

FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

A oposição reforçou seus integrantes para o depoimento desta quinta-feira do ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz à CPI dos Bingos, que vai à comissão protegido por um habeas corpus.

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) vai substituir Almeida Lima (PSDB-SE), cujo desempenho nas primeiras sessões da CPI foi reprovado pelos tucanos. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), substituirá Álvaro Dias (PSDB-PR) na suplência.

As mudanças no time tucano permitirão que duas das mais importantes figuras do PSDB possam participar mais ativamente dos depoimentos da comissão. O PFL já havia indicado caciques da legenda para os trabalhos. Antonio Carlos Magalhães (BA) e Romeu Tuma (SP) são os titulares pela legenda. Paulo Octávio (DF) e Demóstenes Torres (GO) são os suplentes.

A oposição insistiu na criação de uma comissão parlamentar de inquérito desde que foi divulgado o pedido de propina pelo ex-funcionário de José Dirceu (PT-SP) na Casa Civil para intermediar a renovação do contrato entre a Gtech e a Caixa Econômica Federal.

A saga para que a investigação do caso começasse continuou, depois que as assinaturas suficientes para a criação da CPI fossem colhidas, quando o ex-presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP) evitou indicar os membros da comissão depois que os líderes partidários da base governista se recusaram a apontá-los. Diante disso, as investigações da CPI ficaram em suspenso.

Os oposicionistas foram ao STF (Supremo Tribunal Federal) e conseguiram fazer funcionar a CPI. Já depuseram à comissão, por exemplo, o empresário de jogos Carlinhos Cachoeira, flagrado na conversa com Waldomiro Diniz, e Rogério Buratti, que trabalhou em Ribeirão Preto com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci.

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