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14/08/2005
-
11h50
da Folha de S.Paulo
Advogado do publicitário Duda Mendonça, Antônio Cláudio Mariz de Oliveira disse no sábado (13) desconhecer a offshore de nome Ágata. Ele alegou que ainda irá se informar a respeito, mas ressaltou que, se a conta existiu, "pode ser legal" e que "não é crime abrir conta no exterior". Procurado, Duda não foi encontrado pela Folha.
Mariz disse ainda que Duda trabalha licitamente. Ele "sempre recebeu dinheiro de forma legal, por dentro". Essa, frisou, é sua "regra de conduta". Segundo o advogado, o pagamento "por fora", em 2003, foi "uma imposição do PT".
"Ele [Duda] recebeu por fora por imposição de quem queria pagar", argumentou.
Mariz reitera a versão de Duda, que, em depoimento espontâneo à CPI dos Correios, contou ter sido surpreendido em fevereiro de 2003, quando a sócia, Zilmar da Silveira, recebeu R$ 300 mil em dinheiro no Banco Rural da avenida Paulista. Ela voltou à agência para receber mais duas parcelas.
O publicitário argumentou que não tinha outra alternativa senão concordar com a forma de pagamento.
Em seu depoimento, na quinta-feira, Duda disse que o ex-tesourerio do PT Delúbio Soares recomendou que procurasse o empresário Marcos Valério para receber pelos serviços prestados ao PT. E que, por orientação de Marcos Valério, teve que abrir uma conta no exterior em 2003.
Do contrário, não receberia pelo trabalho nas eleições de 2002 --um pacote de R$ 25 milhões, dos quais R$ 11,9 milhões pendentes-- e em 2003. "Esse dinheiro era claramente de caixa dois, a gente não é bobo. Sabíamos, mas não tínhamos outra opção. Queríamos receber", justificou Duda.
O pacote de 2002 incluía a campanha vitoriosa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a do hoje líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), além de José Genoino e Benedita da Silva ao governo dos Estados de São Paulo e Rio.
No depoimento, ele tentou preservar Lula, afirmando que, para a disputa presidencial, o PT exigiu a apresentação de notas. Também preservou o senador Mercadante.
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Advogado diz não conhecer offshore; Duda não comenta
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Mariz disse ainda que Duda trabalha licitamente. Ele "sempre recebeu dinheiro de forma legal, por dentro". Essa, frisou, é sua "regra de conduta". Segundo o advogado, o pagamento "por fora", em 2003, foi "uma imposição do PT".
"Ele [Duda] recebeu por fora por imposição de quem queria pagar", argumentou.
Mariz reitera a versão de Duda, que, em depoimento espontâneo à CPI dos Correios, contou ter sido surpreendido em fevereiro de 2003, quando a sócia, Zilmar da Silveira, recebeu R$ 300 mil em dinheiro no Banco Rural da avenida Paulista. Ela voltou à agência para receber mais duas parcelas.
O publicitário argumentou que não tinha outra alternativa senão concordar com a forma de pagamento.
Em seu depoimento, na quinta-feira, Duda disse que o ex-tesourerio do PT Delúbio Soares recomendou que procurasse o empresário Marcos Valério para receber pelos serviços prestados ao PT. E que, por orientação de Marcos Valério, teve que abrir uma conta no exterior em 2003.
Do contrário, não receberia pelo trabalho nas eleições de 2002 --um pacote de R$ 25 milhões, dos quais R$ 11,9 milhões pendentes-- e em 2003. "Esse dinheiro era claramente de caixa dois, a gente não é bobo. Sabíamos, mas não tínhamos outra opção. Queríamos receber", justificou Duda.
O pacote de 2002 incluía a campanha vitoriosa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a do hoje líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), além de José Genoino e Benedita da Silva ao governo dos Estados de São Paulo e Rio.
No depoimento, ele tentou preservar Lula, afirmando que, para a disputa presidencial, o PT exigiu a apresentação de notas. Também preservou o senador Mercadante.
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