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30/03/2010 - 20h45

Governo de MS barra 8 ônibus com servidores

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SILVIA FRIAS
colaboração para a Agência Folha, em Campo Grande

Oito ônibus com servidores da educação de Mato Grosso do Sul, que viajavam a Campo Grande para assistir na Assembleia Legislativa à sessão que iria votar projeto de reajuste do funcionalismo, foram barrados em estradas de acesso à capital.

Dos ônibus interceptados, dois foram levados para o pátio do Detran-MS, segundo a Agepan (Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos), por transportarem passageiro irregularmente. Os outros foram liberados depois.

O governo do Estado alegou que a ação faz parte da Operação Semana Santa de fiscalização de transporte clandestino.

O presidente da Federação dos Trabalhadores em Educação de MS, Jaime Teixeira, diz que havia 240 servidores de oito cidades do Estado nos veículos barrados.

"Quando não encontravam irregularidade no ônibus, pediam documento de cada servidor", disse. Segundo Teixeira, essa ação teria sido tomada para identificar os funcionários públicos que faltaram ao serviço para a manifestação.

O deputado estadual Pedro Teruel (PT), da oposição, disse que uma lista estaria sendo feita nas escolas do Estado para identificar quem estava faltando ao trabalho. Por causa da fiscalização, a maioria dos servidores não conseguiu assistir à sessão e chegou cerca de três horas depois do previsto.

O governador André Puccinelli (PMDB) negou que tivesse ordenado a operação nas estradas do Estado, mas confirmou que determinou o bloqueio feito pela Polícia Militar na entrada do Parque dos Poderes, sede do governo, das secretarias e onde está localizada a Assembleia Legislativa.

"Quem fizer greve, quem fizer protesto, terá o ponto cortado", disse Puccinelli, acrescentando que o protesto recebe "financiamento petista". O deputado Pedro Teruel nega que a viagem dos servidores tivesse recebido qualquer financiamento do PT.

O projeto do Executivo propõe reajuste linear de 5% e, com incorporação, chega a 6,86%. Por causa da falta de acordo entre os deputados, a votação foi adiada para amanhã.
Os servidores da educação reivindicam 22% de reajuste para o setor administrativo.

 

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