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16/08/2005
-
06h36
da Folha Online
A Comissão de Ética do PT ouve nesta terça-feira, às 10h, o depoimento do ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares em uma reunião na sede nacional da legenda, na capital paulista. Delúbio está no centro da pior crise política vivida por seu partido, e é um provável candidato à expulsão, após ter admitido que montou um esquema de caixa 2 para financiar campanhas eleitorais.
O ex-tesoureiro é um dos citados pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como um dos "cabeças" do suposto esquema de pagamento de mesada a deputados da base aliada --o "mensalão". Após a denúncia, Delúbio vinha sendo pressionado para se afastar da direção da sigla, até que em 05 de julho, pediu o afastamento do cargo.
Quinze dias depois, em 20 de julho, o ex-tesoureiro prestou depoimento na CPI dos Correios, como investigado e não como testemunha, tendo assim a possibilidade de se recusar a assinar o termo de compromisso de falar toda a verdade do que lhe fosse perguntado na comissão.
Segundo Delúbio, o esquema de financiamento com recursos não contabilizados foi montado em acordo com o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, conforme ambos admitiram por meio de entrevistas.
Esse esquema está sendo investigado pelas CPIs do Congresso, pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.
A gestão do ex-tesoureiro, e de toda a cúpula que acompanhou suas atividades, foi "posta no fogo" pelos novos dirigentes, que iniciaram um levantamento geral das atividades do partido.
A dívida total, e real, da legenda era mais que o dobro em relação às estimativas iniciais. O PT foi forçado a um corte de gastos que inclui redução da frota, venda de sedes, fim de subsídios como pagamentos de passagens aéreas e despesas de hospedagem e, possivelmente, a redução do quadro de pessoal.
Apesar desse quadro, o ex-tesoureiro já sinalizou que pretende se defender até o fim. Nomeou todas as oito testemunhas de defesa que tinha direito, que serão ouvidas por uma comissão formada pela coordenadora Lene Teixeira, Luiz Costa, Maria Rosa Lazinho, Jonas Paulo e Luis Turco.
Ainda na terça-feira, a Executiva Nacional do partido deve se reunir com os prefeitos das principais capitais, governadores e lideranças do Congresso.
Segundo o líder do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PE), o objetivo é avaliar o quadro político atual, agravado após o depoimento do publicitário Duda Mendonça na CPI dos Correios. No depoimento, o publicitário afirmou que foi pago pelos serviços prestados à campanha de 2002 por meio de caixa 2.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Delúbio Soares
Leia a cobertura completa sobre a CPI dos Correios
Leia a cobertura completa sobre o caso do "mensalão"
Comissão de Ética ouve defesa do ex-tesoureiro Delúbio Soares
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A Comissão de Ética do PT ouve nesta terça-feira, às 10h, o depoimento do ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares em uma reunião na sede nacional da legenda, na capital paulista. Delúbio está no centro da pior crise política vivida por seu partido, e é um provável candidato à expulsão, após ter admitido que montou um esquema de caixa 2 para financiar campanhas eleitorais.
O ex-tesoureiro é um dos citados pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como um dos "cabeças" do suposto esquema de pagamento de mesada a deputados da base aliada --o "mensalão". Após a denúncia, Delúbio vinha sendo pressionado para se afastar da direção da sigla, até que em 05 de julho, pediu o afastamento do cargo.
Quinze dias depois, em 20 de julho, o ex-tesoureiro prestou depoimento na CPI dos Correios, como investigado e não como testemunha, tendo assim a possibilidade de se recusar a assinar o termo de compromisso de falar toda a verdade do que lhe fosse perguntado na comissão.
Segundo Delúbio, o esquema de financiamento com recursos não contabilizados foi montado em acordo com o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, conforme ambos admitiram por meio de entrevistas.
Esse esquema está sendo investigado pelas CPIs do Congresso, pela Polícia Federal e pelo Ministério Público.
A gestão do ex-tesoureiro, e de toda a cúpula que acompanhou suas atividades, foi "posta no fogo" pelos novos dirigentes, que iniciaram um levantamento geral das atividades do partido.
A dívida total, e real, da legenda era mais que o dobro em relação às estimativas iniciais. O PT foi forçado a um corte de gastos que inclui redução da frota, venda de sedes, fim de subsídios como pagamentos de passagens aéreas e despesas de hospedagem e, possivelmente, a redução do quadro de pessoal.
Apesar desse quadro, o ex-tesoureiro já sinalizou que pretende se defender até o fim. Nomeou todas as oito testemunhas de defesa que tinha direito, que serão ouvidas por uma comissão formada pela coordenadora Lene Teixeira, Luiz Costa, Maria Rosa Lazinho, Jonas Paulo e Luis Turco.
Ainda na terça-feira, a Executiva Nacional do partido deve se reunir com os prefeitos das principais capitais, governadores e lideranças do Congresso.
Segundo o líder do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PE), o objetivo é avaliar o quadro político atual, agravado após o depoimento do publicitário Duda Mendonça na CPI dos Correios. No depoimento, o publicitário afirmou que foi pago pelos serviços prestados à campanha de 2002 por meio de caixa 2.
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