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31/03/2010 - 13h13

PMDB ganha afagos de Lula em cerimônia de despedida de ministros

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Considerado aliado estratégico do PT nas eleições de outubro, o PMDB ganhou afagos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quarta-feira durante cerimônia de despedida de dez ministros do governo federal. O presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), sentou-se ao lado da pré-candidata petista Dilma Rousseff (ministra da Casa Civil) num sinal de que o nome do peemedebista ganha força para compor como vice-presidente a chapa da ministra ao Palácio do Planalto.

É a segunda vez esta semana que Temer participa de atos de despedida de Dilma da Casa Civil. Na segunda-feira, durante o lançamento do PAC 2 (segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento), ele também ganhou lugar de destaque, sentado na primeira fila, próximo à pré-candidata do PT.

O nome de Temer foi indicado pela cúpula do PMDB para a vice-presidência na chapa de Dilma. O deputado, porém, enfrenta resistências por setores do PT --mais simpáticos à indicação do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (PMDB), para a função.

Meirelles ainda não bateu o martelo sobre o seu futuro político, sem decidir se deixará o governo ou terminará o segundo mandato de Lula na presidência do Banco Central. Além da vice-presidência, o nome de Meirelles é cotado para disputar o governo de Goiás ou uma vaga ao Senado.

Em mais um sinal de afago aos peemedebistas, Lula agradeceu ao partido por ter indicado o ministro Reinhold Stephanes (Agricultura) para o cargo. "Agradeço ao companheiro Stephanes, que deu uma contribuição a nós na agricultura. Agradecemos ao PMDB que indicou um cara que parece que nasceu no ministério", disse Lula.

O presidente também disse ter tido uma "grata surpresa" quando o PMDB indicou o ministro Edison Lobão (Minas e Energia) para o cargo. Lula disse que, mesmo com o "passado" de Lobão --já que o ministro era do extinto PFL antes de ingressar no PMDB--, recebeu sua indicação de braços abertos.

"Lobão, você foi uma grata surpresa. Quando os companheiros do PMDB vieram falar do Lobão, eu disse: mas o Lobão, aquele que era do PFL? E hoje quero dizer de público que foi orgulho para mim ter você como ministro de Minas e Energia do meu governo", afirmou.

Debandada

No total, quatro ministros peemedebistas deixam o governo federal nesta quarta-feira para se tornarem candidatos em outubro. Além de Stephanes e Lobão, que vão concorrer respectivamente a uma vaga na Câmara dos Deputados e no Senado, os ministros Hélio Costa (Comunicações) e Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) entregaram os cargos a Lula.

Costa é pré-candidato ao governo de Minas, mas enfrenta a resistência de setores do PT --favoráveis à candidatura própria do partido no Estado.

O ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social), que também deixou a Esplanada dos Ministérios hoje, trava nos bastidores uma batalha ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel para que um seja indicado pelo partido ao governo do Estado.

Geddel, por sua vez, é pré-candidato declarado ao governo a Bahia. O ministro vai disputar com o atual governador Jacques Wagner (PT), rompendo a aliança PT-PMDB selada em nível nacional. Lula puxou a orelha do ministro ao declarar que não gostaria da divergência entre os dois.

"Apesar das divergências entre você e o Wagner, eu não gostaria que tivesse essa divergência. Se vocês me obedecessem, não teria. Mas o desejo de cada um a gente não pode evitar. Você, tinhoso do jeito que você é, brigão do jeito que você é, você foi um cumpridor de tarefas extraordinários", disse Lula.

 

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