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PF deve concluir até terça-feira interrogatórios sobre esquema de corrupção no DF
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MÁRCIO FALCÃO
da Folha Online, em Brasília
A Polícia Federal deve concluir até a próxima terça-feira os interrogatórios da primeira fase do inquérito da Operação Caixa de Pandora, que investiga um suposto esquema de corrupção no Distrito Federal.
Nesta quarta-feira, terceiro dia de depoimentos dessa etapa, três dos sete convocados falaram sobre o sistema de distribuição de propina no governo José Roberto Arruda (sem partido): o deputado distrital Rogério Ulysses (sem partido), o ex-deputado Júnior Brunelli (PSC), e o ex-corregedor do GDF (Governo do Distrito Federal) Roberto Giffoni.
Dos 34 convocados pela PF nesta semana, apenas 10 aceitaram falar sobre as denúncias de que teria sido montado um esquema de arrecadação e pagamento de propina. Outros quatro pediram para adiar os esclarecimentos e dois foram dispensados.
A única ausência registrada pela PF foi de Severo de Araújo Dias, que faltou ao depoimento e não apresentou justificativas. Em depoimento ao Ministério Público, Durval Barbosa, delator do esquema, afirmou que Severo seria um "laranja" de Arruda na compra de um haras que teria custado R$ 492 mil.
A PF espera ouvir na próxima semana a deputada Eurides Brito (PMDB); Mariane Vicentine, ex-mulher de Arruda; o ex-deputado Pedro Passos e o empresário José Celso Gontijo, que solicitaram o adiamento. Com esses depoimentos, o delegado Alfredo Junqueira deve concluir em até cinco dias seu relatório e encaminhar o material para o Ministério Público Federal e para o STJ (Superior Tribunal de Justiça).
A expectativa era de que, com o fim dos depoimentos, Arruda, preso há 48 dias, fosse colocado em liberdade por não oferecer mais risco para a colheita de provas do inquérito.
O cenário, no entanto, ainda é incerto porque Arruda ficou calado em seu depoimento, seguindo a orientação de seus advogados. O ex-governador reclamava que ainda não tinha apresentado sua versão dos fatos em mais de 180 dias de investigação e que foi preso sem ser ouvido.
Justificativas
Eurides, flagrada guardando dinheiro de suposta propina na bolsa, e Mariane informaram hoje que não poderiam comparecer na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, porque estavam com problemas de saúde.
Passos e Gontijo pediram a remarcação das oitivas. Entre os que aceitaram falar hoje sobre as denúncias está o deputado Rogério Ulysses, que teve sua casa entre os alvos de busca e apreensão da PF ao longo das investigações. A Folha Online apurou que Ulysses negou participação em qualquer esquema de propina.
Nos depoimentos de hoje, chamou atenção o fato de a PF ter ignorado durante depoimento de Brunelli o chamado vídeo da oração da propina, que foi protagonizado pelo ex-parlamentar.
A Polícia Federal montou um esquema especial para tomar os depoimentos nesta semana. Cinco delegados e cinco escrivães foram mobilizados. Entre os depoimentos, o ex-deputado Leonardo Prudente (sem partido), que ficou conhecido por guardar dinheiro de suposta propina nas meias, foi um dos poucos que aceitou falar, mas negou envolvimento com o esquema e sustentou que a verba era caixa dois --dinheiro não declarado-- da campanha eleitoral de 2006.
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