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18/08/2005 - 09h27

Oposição quer Meirelles e Okamotto na CPI

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da Folha de S.Paulo

A oposição vai tentar aprovar hoje, na CPI dos Correios, a convocação do doleiro Antonio Claramunt, conhecido como Toninho da Barcelona, do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e do presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, além da quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico deste último.

Os governistas, no entanto, são contra esses requerimentos, o que deve gerar debates acalorados na comissão e atrasar o depoimento do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, marcado para hoje.

"Vai ser uma guerra", disse o presidente da CPI, senador Delcídio Amaral (PT-MS).

Membros da CPI dos Correios foram a São Paulo anteontem ouvir Toninho da Barcelona, que está preso, condenado a 25 anos. Sem apresentar provas, ele disse ter trabalhado para políticos de vários partidos em 2002 e 2003. Ele citou remessas de dinheiro para o exterior do ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e do presidente do BC. Os dois afirmaram que as operações foram legais.

"Eles estão trabalhando na lógica da chantagem explícita de alguém que está preso e condenado, interessado em reduzir sua pena", disse a senadora Ideli Salvatti (PT-SC), integrante da CPI.

O foco das investigações voltou-se para remessas de dinheiro para o exterior desde que o publicitário Duda Mendonça afirmou ter recebido R$ 10,5 milhões do PT, como pagamento de dívidas da campanha de 2002, em uma conta nas Bahamas. Esse dinheiro não foi contabilizado na prestação de contas do partido.

Duda trabalhou nas campanhas vitoriosas de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República e de Aloizio Mercadante ao Senado por São Paulo. Perdeu as disputas pelos governos do Rio de Janeiro, com Benedita da Silva e de São Paulo, com José Genoino. Também não conseguiu levar Édson Santos ao Senado pelo Rio.

O marqueteiro e sua sócia, Zilmar da Silveira, autorizaram ontem a CPI a quebrar seus sigilos bancário, fiscal e telefônico.

O relator Osmar Serraglio (PMDB-PR) também pedirá a quebra dos sigilos das três empresas de Duda e Zilmar. O acesso à movimentação financeira dos dois no exterior dependerá de negociação do governo brasileiro com os EUA e as Bahamas.

Okamotto

Já o interesse da oposição na convocação do presidente do Sebrae e no acesso a seus dados bancários deve-se ao fato dele ter declarado que pagou um empréstimo de R$ 29,4 mil concedido pelo PT ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante duas semanas o Palácio do Planalto se recusou a esclarecer a origem do dinheiro que quitou a dívida.

Mesmo após a declaração de Okamotto de que quitou a dívida, o ministro Jaques Wagner (Relações Institucionais) disse que Lula não tinha qualquer dívida com o PT e que a cobrança se devia a um erro na contabilidade do partido.

Pizzolato

O ministro Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal, negou ontem o pedido de habeas corpus feito pelos advogados de Pizzolato. No pedido, a defesa buscava garantir o direito ao silêncio e a assistência de advogado durante o depoimento. Pizzolato, que além de diretor de marketing do BB era conselheiro da Previ, deverá esclarecer o papel dos fundos de pensão na crise.

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