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19/08/2005
-
21h55
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) defendeu nesta sexta-feira, no plenário do Senado, a abertura dos arquivos da CPI do Banestado que contém informações sobre movimentação ilegal de dinheiro de brasileiros no exterior.
A medida pode ajudar a elucidar como foram feitos envios de recursos por parte do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como operador financeiro do mensalão. Simon alega que parte dos arquivos enviados à CPI do Banestado pelas autoridades fiscais norte-americanas jamais foram abertos.
A abertura destes arquivos, de acordo com o senador gaúcho, pode verificar se há provas de remessas ilegais para o exterior de integrantes do governo, do PT e de Marcos Valério para o publicitário Duda Mendonça, responsável pela campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002.
Simon lembrou que a justiça norte-americana enviou à CPI do Banestado mais de 30 caixas com documentos, entre eles extratos bancários de milhares de contas em bancos em paraísos fiscais.
"A abertura desses arquivos pode jogar uma luz sobre os esquemas de corrupção descobertos agora, envolvendo o governo, empresas públicas e privadas, partidos políticos, publicitários e parlamentares."
Simon quer que o material seja investigado pelas CPIs dos Correios e do Mensalão. "Esse material nunca foi utilizado e está guardado nos porões do Senado. O relator boicotou a CPI e deixou de fora do seu relatório final, que sequer foi votado, o Banco Rural, envolvido com operações suspeitas desde aquela época", afirmou Simon.
A CPI do Banestado durou 18 meses e tentou investigar as remessas ilegais feitas para o exterior por meio das contas CC5, da Agência do Banestado em Foz do Iguaçu.
A comissão finalizou seus trabalhos sem que seu relatório final fosse votado. Houve grande vazamento de informações sigilosas na Comissão colando sob suspeita os seus trabalhos. Durante todo o seu funcionamento, vários nomes surgiram nas investigações de evasão de divisas, entre eles o do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
O relator da CPI do Banestado, José Mentor (PT-SP), consta hoje como um dos deputados beneficiados com o esquema de saques das contas de Valério. Na época do funcionamento da comissão, ele foi acusado pela oposição de estar sendo manipulado pelo então ministro da Casa Civil José Dirceu (PT-SP) para retirar os nomes de amigos do governo do relatório final.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a CPI do Banestado
Simon pede abertura de arquivos da CPI do Banestado
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da Folha Online, em Brasília
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) defendeu nesta sexta-feira, no plenário do Senado, a abertura dos arquivos da CPI do Banestado que contém informações sobre movimentação ilegal de dinheiro de brasileiros no exterior.
A medida pode ajudar a elucidar como foram feitos envios de recursos por parte do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como operador financeiro do mensalão. Simon alega que parte dos arquivos enviados à CPI do Banestado pelas autoridades fiscais norte-americanas jamais foram abertos.
A abertura destes arquivos, de acordo com o senador gaúcho, pode verificar se há provas de remessas ilegais para o exterior de integrantes do governo, do PT e de Marcos Valério para o publicitário Duda Mendonça, responsável pela campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002.
Simon lembrou que a justiça norte-americana enviou à CPI do Banestado mais de 30 caixas com documentos, entre eles extratos bancários de milhares de contas em bancos em paraísos fiscais.
"A abertura desses arquivos pode jogar uma luz sobre os esquemas de corrupção descobertos agora, envolvendo o governo, empresas públicas e privadas, partidos políticos, publicitários e parlamentares."
Simon quer que o material seja investigado pelas CPIs dos Correios e do Mensalão. "Esse material nunca foi utilizado e está guardado nos porões do Senado. O relator boicotou a CPI e deixou de fora do seu relatório final, que sequer foi votado, o Banco Rural, envolvido com operações suspeitas desde aquela época", afirmou Simon.
A CPI do Banestado durou 18 meses e tentou investigar as remessas ilegais feitas para o exterior por meio das contas CC5, da Agência do Banestado em Foz do Iguaçu.
A comissão finalizou seus trabalhos sem que seu relatório final fosse votado. Houve grande vazamento de informações sigilosas na Comissão colando sob suspeita os seus trabalhos. Durante todo o seu funcionamento, vários nomes surgiram nas investigações de evasão de divisas, entre eles o do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.
O relator da CPI do Banestado, José Mentor (PT-SP), consta hoje como um dos deputados beneficiados com o esquema de saques das contas de Valério. Na época do funcionamento da comissão, ele foi acusado pela oposição de estar sendo manipulado pelo então ministro da Casa Civil José Dirceu (PT-SP) para retirar os nomes de amigos do governo do relatório final.
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