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24/08/2005
-
09h33
da Folha Online
O depoimento do advogado e ex-assessor do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, quando ele ainda era prefeito de Ribeirão Preto (SP), Rogério Tadeu Buratti, à CPI dos Bingos, marcado para esta quarta-feira, só deve ocorrer amanhã.
O advogado de Buratti, Roberto Lopes Telhada, esteve ontem na comissão e pediu o adiamento do depoimento para a próxima semana alegando que seu cliente está com problemas de saúde. No entanto, integrantes da CPI não aceitaram e o ex-assessor de Palocci deve comparecer para depor até amanhã.
A reunião de hoje da CPI dos Bingos vai acontecer normalmente, já que Buratti não confirmou se deporia hoje ou não. Se o ex-assessor de Palocci não comparecer, a reunião será administrativa.
Buratti foi preso na última quarta-feira acusado de crime de lavagem de dinheiro e tentativa de destruição de documento, mas, na sexta-feira, prestou depoimento e foi liberado.
Durante o interrogatório divulgado pelo promotor Sebastião Sérgio da Silveira, do Gaerco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado), Buratti afirmou ao Ministério Público paulista que Palocci recebeu, entre os anos de 2001 e 2002, R$ 50 mil por mês para favorecer a empresa coletora de lixo Leão Leão em licitações da prefeitura da cidade.
O dinheiro pago a Palocci, segundo Buratti, seria depois repassado ao ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, que já admite ter montado um esquema de caixa dois para financiar campanhas políticas do partido.
Em entrevista coletiva neste domingo, o ministro negou as denúncias e disse que o contrato com a Leão Leão foi feito um ou dois anos antes de seu governo. Ele disse ainda que não recebeu e não autorizou que recebessem recursos para o diretório do PT ou para outras instâncias do partido durante seu período na prefeitura ou qualquer outro período.
Bingos
Buratti também é investigado no âmbito da CPI dos Bingos, que investiga a relação entre as casas de bingo e o crime organizado e as ações do ex-assessor da Casa Civil, Waldomiro Diniz, que foi presidente da Loterj (Loteria Estadual do Rio de Janeiro) e é acusado de tentar extorquir empresas ligadas ao ramo de jogos.
O advogado foi acusado de ter tentado extorquir R$ 6 milhões da Gtech para garantir para a empresa a concessão da exploração das loterias da CEF (Caixa Econômica Federal), um contrato no valor de R$ 650 milhões. Em seu primeiro depoimento à CPI dos Bingos, Buratti negou que tenha sido responsável pelo pedido de propina a dirigentes da Gtech.
A contratação de uma empresa sua, a BBS Consultores Associados, teria sido imposta por Waldomiro Diniz, ex-assessor parlamentar do ministro José Dirceu, como condição para que a empresa de informática Gtech Brasil conseguisse a renovação do contrato.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Rogério Tadeu Buratti
Leia o que já foi publicado sobre a CPI dos Bingos
Depoimento de Buratti à CPI dos Bingos deve ocorrer amanhã
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O depoimento do advogado e ex-assessor do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, quando ele ainda era prefeito de Ribeirão Preto (SP), Rogério Tadeu Buratti, à CPI dos Bingos, marcado para esta quarta-feira, só deve ocorrer amanhã.
O advogado de Buratti, Roberto Lopes Telhada, esteve ontem na comissão e pediu o adiamento do depoimento para a próxima semana alegando que seu cliente está com problemas de saúde. No entanto, integrantes da CPI não aceitaram e o ex-assessor de Palocci deve comparecer para depor até amanhã.
Sérgio Lima/Folha Imagem |
O advogado e ex-assessor de Palocci, Rogério Buratti |
Buratti foi preso na última quarta-feira acusado de crime de lavagem de dinheiro e tentativa de destruição de documento, mas, na sexta-feira, prestou depoimento e foi liberado.
Durante o interrogatório divulgado pelo promotor Sebastião Sérgio da Silveira, do Gaerco (Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado), Buratti afirmou ao Ministério Público paulista que Palocci recebeu, entre os anos de 2001 e 2002, R$ 50 mil por mês para favorecer a empresa coletora de lixo Leão Leão em licitações da prefeitura da cidade.
O dinheiro pago a Palocci, segundo Buratti, seria depois repassado ao ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, que já admite ter montado um esquema de caixa dois para financiar campanhas políticas do partido.
Em entrevista coletiva neste domingo, o ministro negou as denúncias e disse que o contrato com a Leão Leão foi feito um ou dois anos antes de seu governo. Ele disse ainda que não recebeu e não autorizou que recebessem recursos para o diretório do PT ou para outras instâncias do partido durante seu período na prefeitura ou qualquer outro período.
Bingos
Buratti também é investigado no âmbito da CPI dos Bingos, que investiga a relação entre as casas de bingo e o crime organizado e as ações do ex-assessor da Casa Civil, Waldomiro Diniz, que foi presidente da Loterj (Loteria Estadual do Rio de Janeiro) e é acusado de tentar extorquir empresas ligadas ao ramo de jogos.
O advogado foi acusado de ter tentado extorquir R$ 6 milhões da Gtech para garantir para a empresa a concessão da exploração das loterias da CEF (Caixa Econômica Federal), um contrato no valor de R$ 650 milhões. Em seu primeiro depoimento à CPI dos Bingos, Buratti negou que tenha sido responsável pelo pedido de propina a dirigentes da Gtech.
A contratação de uma empresa sua, a BBS Consultores Associados, teria sido imposta por Waldomiro Diniz, ex-assessor parlamentar do ministro José Dirceu, como condição para que a empresa de informática Gtech Brasil conseguisse a renovação do contrato.
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