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24/08/2005
-
22h05
PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
Sem citar nomes, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), afirmou que ninguém será candidato a presidente da República em 2006 pelo partido por que quer ou apenas por que as pesquisas atuais indicam.
Segundo Aécio, é a partir da unidade tucana, que ainda precisará ser reafirmada na eleição da nova direção partidária, daqui a três meses, e de outras determinantes que o PSDB escolherá quem será o candidato.
A colocação de Aécio coincide com o fato de pesquisas de intenções de voto divulgadas nos últimos dias --primeiro a do Datafolha e depois a do Ibope-- colocarem o prefeito de São Paulo, José Serra, como o único nome, neste momento, capaz de barrar a reeleição do presidente Lula.
Coincide ainda com o fato de que Serra está disputando a indicação com o governador Geraldo Alckmin (SP), com quem Aécio conversou anteontem e teceu elogios públicos. Hoje, Aécio volta a São Paulo para um jantar com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quando vai defender suas posições.
Além de discutir a crise política com FHC, Aécio disse que o partido tem "uma questão anterior que precisa ser resolvida, até como teste da unidade do partido, que é a questão da sucessão interna". "É preciso que nós, de alguma forma, contenhamos eventuais descontentamentos para que essa unidade seja mantida."
Ele acrescentou: "Um dos grandes diferenciais que o PSDB terá nas próximas eleições é sua unidade. E ninguém será candidato a presidente da República pelo PSDB apenas por que quer ser candidato. O candidato será aquele que, no momento adequado, reunir as melhores condições para disputar essa candidatura, não apenas por indicadores atuais de pesquisa".
O tucano mineiro disse que a escolha se dará, "sobretudo, com potencialidade de crescimento" do nome indicado e também a capacidade do escolhido de "formar alianças" políticas. "Sobretudo --e essa é a questão que foi o norte da minha conversa com o governador Geraldo Alckmin--, é preciso que o PSDB apresente uma proposta de governo, um projeto para o país. Isso é que, ao meu ver, falta hoje", disse.
Diante da colocação de que as pesquisas atuais indicam Serra como o melhor nome, Aécio disse tratar-se "de um grande nome", mas que, pelo que o prefeito tem dito a ele, não é intenção dele antecipar o processo. "Até porque nós sabemos que, na vida pública, um ano pode ser uma eternidade. As coisas se transformam com muita rapidez."
Campanha mineira
Aécio se mantém disposto a buscar a reeleição em Minas, mas sem abrir mão de estar sempre na vitrine nacional do PSDB. E ontem ele deu demonstração do envolvimento, desde já, com a campanha mineira de 2006.
Após receber no seu gabinete lideranças da Fetaemg (a federação mineira dos trabalhadores rurais, ligados à Contag), ele foi até a frente do Palácio da Liberdade, rompeu o portão e, após ser saudado festivamente por cerca de 3.500 trabalhadores rurais --estimativa da Polícia Militar-- que manifestavam no dia do "Grito da Terra", abraçou alguns e falou aos sem-terra usando o microfone do carro de som.
Aécio anunciou "100% de empenho" na busca de soluções para as reivindicações da Fetaemg, falou das dificuldades em realizar tudo, mas disse que, ao final do seu governo, toda aquela gente vai entender que "valeu a pena o sacrifício". Ao som de "Oh Minas Gerais", os trabalhadores rurais se despediram dele.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Aécio Neves
Aécio diz que pesquisas não garantem nome do PSDB em 2006
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da Agência Folha, em Belo Horizonte
Sem citar nomes, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), afirmou que ninguém será candidato a presidente da República em 2006 pelo partido por que quer ou apenas por que as pesquisas atuais indicam.
Segundo Aécio, é a partir da unidade tucana, que ainda precisará ser reafirmada na eleição da nova direção partidária, daqui a três meses, e de outras determinantes que o PSDB escolherá quem será o candidato.
A colocação de Aécio coincide com o fato de pesquisas de intenções de voto divulgadas nos últimos dias --primeiro a do Datafolha e depois a do Ibope-- colocarem o prefeito de São Paulo, José Serra, como o único nome, neste momento, capaz de barrar a reeleição do presidente Lula.
Coincide ainda com o fato de que Serra está disputando a indicação com o governador Geraldo Alckmin (SP), com quem Aécio conversou anteontem e teceu elogios públicos. Hoje, Aécio volta a São Paulo para um jantar com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quando vai defender suas posições.
Além de discutir a crise política com FHC, Aécio disse que o partido tem "uma questão anterior que precisa ser resolvida, até como teste da unidade do partido, que é a questão da sucessão interna". "É preciso que nós, de alguma forma, contenhamos eventuais descontentamentos para que essa unidade seja mantida."
Ele acrescentou: "Um dos grandes diferenciais que o PSDB terá nas próximas eleições é sua unidade. E ninguém será candidato a presidente da República pelo PSDB apenas por que quer ser candidato. O candidato será aquele que, no momento adequado, reunir as melhores condições para disputar essa candidatura, não apenas por indicadores atuais de pesquisa".
O tucano mineiro disse que a escolha se dará, "sobretudo, com potencialidade de crescimento" do nome indicado e também a capacidade do escolhido de "formar alianças" políticas. "Sobretudo --e essa é a questão que foi o norte da minha conversa com o governador Geraldo Alckmin--, é preciso que o PSDB apresente uma proposta de governo, um projeto para o país. Isso é que, ao meu ver, falta hoje", disse.
Diante da colocação de que as pesquisas atuais indicam Serra como o melhor nome, Aécio disse tratar-se "de um grande nome", mas que, pelo que o prefeito tem dito a ele, não é intenção dele antecipar o processo. "Até porque nós sabemos que, na vida pública, um ano pode ser uma eternidade. As coisas se transformam com muita rapidez."
Campanha mineira
Aécio se mantém disposto a buscar a reeleição em Minas, mas sem abrir mão de estar sempre na vitrine nacional do PSDB. E ontem ele deu demonstração do envolvimento, desde já, com a campanha mineira de 2006.
Após receber no seu gabinete lideranças da Fetaemg (a federação mineira dos trabalhadores rurais, ligados à Contag), ele foi até a frente do Palácio da Liberdade, rompeu o portão e, após ser saudado festivamente por cerca de 3.500 trabalhadores rurais --estimativa da Polícia Militar-- que manifestavam no dia do "Grito da Terra", abraçou alguns e falou aos sem-terra usando o microfone do carro de som.
Aécio anunciou "100% de empenho" na busca de soluções para as reivindicações da Fetaemg, falou das dificuldades em realizar tudo, mas disse que, ao final do seu governo, toda aquela gente vai entender que "valeu a pena o sacrifício". Ao som de "Oh Minas Gerais", os trabalhadores rurais se despediram dele.
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