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26/08/2005
-
09h32
FERNANDA KRAKOVICS
da Folha de S.Paulo
O relatório parcial da CPI dos Correios, que será apresentado na próxima semana, deve colocar o deputado José Dirceu (PT-SP), ex-ministro da Casa Civil, entre os parlamentares contra os quais haveria provas de quebra de decoro por suposto envolvimento com o esquema do "mensalão".
O objetivo é que o presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), que receberá o documento, envie o caso de Dirceu para o Conselho de Ética, onde já há um processo contra ele. O ex-ministro pode ser cassado.
Dirceu era o responsável pelas nomeações para cargos de confiança. O embasamento do relatório deve ser que, nessas condições, o então ministro teria loteado o comando de estatais com o suposto objetivo de arrecadar recursos para partidos. Dirceu nega.
A idéia inicial era enviar somente o caso dos deputados contra os quais haveria provas de quebra de de decoro para o presidente da Câmara, sugerindo a cassação de seus mandatos. Os demais, contra os quais haveria apenas indícios, seriam encaminhados para a CPI do Mensalão.
Pressionado pelos integrantes da CPI, no entanto, o relator, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), decidiu enviar os 18 nomes para Severino, que decidirá cada caso. Também não haverá recomendações de cassação, apenas classificações de acordo com as provas ou dos indícios.
A atual crise política teve início com a divulgação de um vídeo em que o funcionário dos Correios Maurício Marinho aparece recebendo R$ 3.000 de empresários interessados em ganhar licitações na estatal. Na gravação ele afirma que agia em consonância com o então presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ).
O próprio Jefferson afirmou que o ex-presidente do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil) Lídio Duarte foi pressionado para arrecadar R$ 400 mil por mês junto a empresas, o que não teria concordado em fazer. O presidente licenciado do PTB também deve estar entre os casos supostamente provados de quebra de decoro parlamentar.
A apresentação do parecer, que precisa ser votado pelo plenário da comissão, foi adiada para a próxima semana. Serraglio não teria conseguido concluir o relatório e também houve atraso no envio da defesa, por escrito, pelos notificados. O único que não respondeu foi Jefferson.
O relator analisa 18 casos: Dirceu, Jefferson, Carlos Rodrigues (PL-RJ), João Magno (PT-MG), João Paulo Cunha (PT-SP), José Borba (PMDB-PR), José Janene (PP-PE), José Mentor (PT-SP), Josias Gomes (PT-BA), Paulo Rocha (PT-PA), Pedro Corrêa (PP-PE), Pedro Henry (PP-MT), Professor Luizinho (PT-SP), Roberto Brant (PFL-MG), Romeu Queiroz (PTB-MG), Vadão Gomes (PP-SP), Wanderval Santos (PL-SP) e Sandro Mabel (PL-GO).
Especial
Leia o que já foi publicado sobre José Dirceu
Leia a cobertura completa sobre a CPI dos Correios
Relator deve listar provas contra Dirceu
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da Folha de S.Paulo
O relatório parcial da CPI dos Correios, que será apresentado na próxima semana, deve colocar o deputado José Dirceu (PT-SP), ex-ministro da Casa Civil, entre os parlamentares contra os quais haveria provas de quebra de decoro por suposto envolvimento com o esquema do "mensalão".
O objetivo é que o presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), que receberá o documento, envie o caso de Dirceu para o Conselho de Ética, onde já há um processo contra ele. O ex-ministro pode ser cassado.
Dirceu era o responsável pelas nomeações para cargos de confiança. O embasamento do relatório deve ser que, nessas condições, o então ministro teria loteado o comando de estatais com o suposto objetivo de arrecadar recursos para partidos. Dirceu nega.
A idéia inicial era enviar somente o caso dos deputados contra os quais haveria provas de quebra de de decoro para o presidente da Câmara, sugerindo a cassação de seus mandatos. Os demais, contra os quais haveria apenas indícios, seriam encaminhados para a CPI do Mensalão.
Pressionado pelos integrantes da CPI, no entanto, o relator, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), decidiu enviar os 18 nomes para Severino, que decidirá cada caso. Também não haverá recomendações de cassação, apenas classificações de acordo com as provas ou dos indícios.
A atual crise política teve início com a divulgação de um vídeo em que o funcionário dos Correios Maurício Marinho aparece recebendo R$ 3.000 de empresários interessados em ganhar licitações na estatal. Na gravação ele afirma que agia em consonância com o então presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ).
O próprio Jefferson afirmou que o ex-presidente do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil) Lídio Duarte foi pressionado para arrecadar R$ 400 mil por mês junto a empresas, o que não teria concordado em fazer. O presidente licenciado do PTB também deve estar entre os casos supostamente provados de quebra de decoro parlamentar.
A apresentação do parecer, que precisa ser votado pelo plenário da comissão, foi adiada para a próxima semana. Serraglio não teria conseguido concluir o relatório e também houve atraso no envio da defesa, por escrito, pelos notificados. O único que não respondeu foi Jefferson.
O relator analisa 18 casos: Dirceu, Jefferson, Carlos Rodrigues (PL-RJ), João Magno (PT-MG), João Paulo Cunha (PT-SP), José Borba (PMDB-PR), José Janene (PP-PE), José Mentor (PT-SP), Josias Gomes (PT-BA), Paulo Rocha (PT-PA), Pedro Corrêa (PP-PE), Pedro Henry (PP-MT), Professor Luizinho (PT-SP), Roberto Brant (PFL-MG), Romeu Queiroz (PTB-MG), Vadão Gomes (PP-SP), Wanderval Santos (PL-SP) e Sandro Mabel (PL-GO).
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