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31/08/2005 - 11h49

Ciro defende Lula e evita emitir opinião sobre Dirceu

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

O ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, disse nesta quarta-feira ter uma opinião sobre a suposta participação do deputado José Dirceu (PT-SP) no esquema de corrupção em análise nas CPIs em funcionamento no Congresso Nacional, mas preferiu a cautela.

"Só quem está com as ferramentas da apuração pode indicar [se Dirceu é inocente]. Ele se proclama inocente. Eu tenho a minha convicção, mas ela não é publicável", afirmou. Logo em seguida, acrescentou: "seria um julgamento impertinente se eu dissesse uma ou outra das posições possíveis nesse assunto".

A negativa de defesa expressa do deputado e ex-ministro da Casa Civil não foi a regra para tratar do caso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na última sexta-feira, em solenidade em Quixadá (CE), o ministro disse que "gente que tinha a confiança do presidente" fez "coisa muito feia, muito suja".

"Gente que tinha a confiança do presidente da República trocou as mãos pelos pés e fez uma coisa muito feia, muito suja, que só tem uma solução: temos de punir quem quer que tenha feito, por mais amigo, por mais parceiro, por mais que tenha até serviços prestados ao Brasil", disse na ocasião.

Ciro se manifestou poucas vezes sobre a crise, mas já havia falado em favor de Lula. No último dia 8, disse que o presidente seria "imbatível" caso decidisse disputar a reeleição.

Hoje, Ciro disse que, neste momento, há "manifestações negativas generalizantes" que atingem culpados e inocentes. "Logo mais se separará o joio do trigo, haverá as punições, a população se sentirá respeitada na sua indignação e os inocentes poderão respirar novamente, tranqüilos. É veementemente o caso do presidente Lula", afirmou.

A separação de culpados e inocentes e a punição dos responsáveis pela corrupção nos Correios, no caso do "mensalão" e nas investigações dos bingos, permitirão, na avaliação de Ciro, que os governistas enfrentem novamente a oposição. No futuro embate, se houver, o ministro disse que será possível cobrar dos oposicionistas coerência no trato dos casos de corrupção neste governo na comparação com as investigações feitas na gestão Fernando Henrique Cardoso.

"A única saída [para a crise ética], e o presidente [Lula] garante como atitude, que desta vez a impunidade não será o prêmio desses escândalos. E de novo talvez dê para a gente discutir, quando superado este escândalo, se encontrarem os culpados e se atribuírem as suas culpas, teremos autoridade para cobrar qual é a coerência daqueles que nos agridem tão violenta e despudoradamente, de quem vem arrotar moralismo para cima de nós tendo coisas assim sem explicação e com a impunidade e tendo o abafa como a tônica de todos os episódios", concluiu.

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