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31/08/2005 - 16h11

Sócio da Bonus-Banval diz que funcionários fizeram saques para Valério

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

Enivaldo Quadrado, um dos sócios da corretora Bonus-Banval, admitiu à CPI dos Correios que funcionários da empresa sacaram recursos em um valor total de R$ 605 mil das contas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza no Banco Rural. O dinheiro, segundo ele, teria sido repassado para Valério e para pessoas indicadas pelo empresário.

A informação contradiz declaração de Valério, que havia dito que a Bonus-Banval era usada para repassar recursos para partidos políticos como PT e PP. "Nunca repassei dinheiro para partidos políticos", disse Quadrado.

Quadrado contestou a informação de Marcos Valério à CPI que operava investimentos na corretora a pedido do ex-tesoureiro Delúbio Soares. "Me surpreendeu quando ele disse à CPI que fez operações por recomendações de Delúbio Soares. Não foi."

Ele disse nunca ter tido contato com Delúbio e que foi apenas apresentado ao ex-dirigente por Marco Valério em ocasião em que os três se encontraram no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

O sócio declarou que Valério investia por intermédio da empresa em ouro e em dólar futuro e afirmou que o empresário mentiu quando tratou de investimentos na Bonus-Banval. "O Marcos Valério mentiu, Foram R$ 6,5 milhões."

De acordo com os dados passados à CPI, as empresas 2S Participações e Tolentino & Melo Associados teriam operado R$ 6,5 milhões na conta da empresa Natimar, sediada em Santa Catarina, que tinha conta na Bonus-Banval.

À comissão, Quadrado disse ter sido apresentado a Valério em 2004 pelo deputado José Janene (PP-PR). Segundo Quadrado, à época, Valério teria demonstrado interesse em comprar a corretora, que passava por dificuldades financeiras.

Quadrado também negou que conheça o doleiro Antonio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona ou que tenha feito qualquer tipo de operação com ele. O sócio da corretora também negou que tenha remetido dinheiro para o exterior.

No último dia 16, Toninho da Barcelona, afirmou a integrantes da CPI dos Correios que Marcos Valério usava a Bonus-Banval para mandar dinheiro para o exterior.

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